A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que o novo coronavírus não será a última pandemia e lembrou que os avanços sanitários serão insuficientes se não houver mudanças com relação ao aquecimento global e o bem-estar animal.
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COVID-19: Papai Noel infectado causa 18 mortes em asiloCanadá detecta dois primeiros casos de variante do novo coronavírusPeru negocia compra de vacinas contra a covid-19Japão proíbe entrada de estrangeiros a partir de 28/12"A história nos mostra que não será a última pandemia", afirmou, destacando que é preciso tirar boas lições da pandemia do novo coronavírus.
"Durante muito tempo, o mundo agiu em meio a um ciclo de pânico e negação", assegurou.
"Gastamos dinheiro quando a crise eclode, mas quando acaba, nos esquecemos e não fazemos nada para prevenir a seguinte. É o perigo dos comportamentos de curto prazo", lamentou o diretor-geral desta agência da ONU.
O primeiro Informe anual sobre Preparação Mundial de Emergências Sanitárias, publicado em setembro de 2019, já havia alertado para a pouca preparação da humanidade para grandes pandemias, meses antes de começar a crise da covid-19.
"A pandemia revelou os vínculos estreitos entre a saúde das pessoas, dos animais e do planeta", disse.
"Todos os esforços para melhorar os sistemas sanitários serão insuficientes se não forem acompanhados de uma crítica da relação entre os seres humanos e os animais, assim como da ameaça existencial representada pelas mudanças climáticas, que estão transformando a Terra em um lugar mais difícil para se viver", acrescentou.
O novo coronavírus provocou pelo menos 1,75 milhão de mortos e infectou 80 milhões de pessoas no mundo desde que os primeiros casos foram detectados na China, em dezembro de 2019, segundo contagem feita pela AFP com base em dados oficiais.