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Estado de Minas LONDRES

Os personagens principais do Brexit desde 2016


24/12/2020 15:45

Cada um à sua maneira, esses são os principais personagens que influenciaram o curso da história do Brexit desde o referendo de 2016.

- David Cameron -

Primeiro-ministro por seis anos desde 2010, Cameron entra para a história como o homem que deu entrada no processo do Brexit, embora se opusesse a ele.

Ao autorizar o referendo em 2016, ele esperava acalmar o eixo eurocético do seu Partido Conservador e conter a ascensão do movimento eurofóbico liderado por Nigel Farage.

Ele fez campanha pela permanência dos britânicos na União Europeia, mas não teve escolha a não ser renunciar no dia seguinte ao referendo, no qual 52% dos britânicos votaram pela saída do bloco.

Aposentado da vida política desde então, ele expressou seu arrependimento, mas se recusou a assumir a responsabilidade por "tudo o que se seguiu".

- Nigel Farage -

Polêmico e descarado, apaixonado por golpes da mídia, esse ex-corretor da bolsa foi, ao longo dos anos, porta-voz do movimento anti-imigração, dos europeus e agora dos opositores do confinamento contra o novo coronavírus.

Membro do Parlamento Europeu de 1999 até a entrada em vigor do Brexit em janeiro passado, ele nunca foi membro do Parlamento de Westminster. Defensor ferrenho da saída da UE, ele deixou a liderança do partido anti-imigração UKIP, do qual foi cofundador, dias após o referendo.

Em abril de 2019, ele assumiu a liderança do Partido do Brexit, que prevaleceu nas eleições europeias um mês depois.

Com o Reino Unido fora da UE, Farage encontrou uma nova plataforma no final de 2020 graças à pandemia: relançou seu partido sob o nome de "Reform UK" com a principal tarefa de se opor às restrições.

- Theresa May -

Apesar de ser eurocética, a então Ministra do Interior fez campanha em 2016 pela permanência na UE por lealdade a Cameron, a quem substituiu como líder dos Conservadores e Primeira-Ministra após a renúncia dele.

Ele se culpa por ter iniciado o processo de saída da UE muito cedo, em 29 de março de 2017.

Esperando fortalecer sua posição antes de iniciar as negociações com Bruxelas, convocou uma eleição antecipada na qual perdeu por maioria absoluta, para a qual teve que aliar-se ao pequeno partido ultraconservador da Irlanda do Norte, DUP.

O acordo de divórcio que negociou penosamente com os 27 membros foi rejeitado três vezes pelos deputados. A última a levou à renúncia, em 24 de maio de 2019.

- Boris Johnson -

Prefeito de Londres até maio de 2016, o polêmico Johnson, acusado por muitos de mentir sobre a contribuição britânica à UE, colocou toda sua energia na campanha pelo Brexit.

Em Downing Street desde julho de 2019, "BoJo" varreu as legislaturas em dezembro passado com a promessa de aprovação do Brexit, que cumpriu em 31 de janeiro.

Apesar da dificuldade das negociações e da pandemia de coronavírus que atingiu fortemente seu país e o levou a ser internado em terapia intensiva, ele sempre se recusou a estender o período de transição para além de 31 de dezembro de 2020.

- Michel Barnier -

Defensor fervoroso dos interesses europeus, este ex-político conservador francês liderou tanto a primeira fase das negociações, sobre as condições da separação, quanto as discussões comerciais posteriores.

O ex-Ministro dos Assuntos Europeus, do Meio Ambiente, da Agricultura, entre outros, nos anos 1990 e 2000, e posteriormente o Comissário Europeu, Barnier, de 69 anos, reativou sua carreira com o Brexit, assumindo o desafio de liderar o pulso com Londres e manter a união para os europeus.

- Ursula von der Leyen -

Alemã nascida e criada em Bruxelas, Von der Leyen assumiu a presidência da Comissão Europeia em dezembro de 2019, com uma imagem da europeia convicta e o apoio de Paris e Berlim.

Esta enérgica mulher de 62 anos, que por quase seis foi ministra da Defesa da Alemanha depois de ter ocupado outras pastas, era considerada na época destinada a substituir a chanceler Angela Merkel.

Ela é fluente em inglês e francês e é formada pela London School of Economics. Interveio em momentos essenciais quando as negociações comerciais fracassaram, especialmente nas últimas semanas, nas quais manteve contato telefônico constante com Johnson.


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