Depois de meses de negociações, os democratas que controlam a câmara baixa e os republicanos que dominam o Senado chegaram esta semana a um acordo. Eles concordaram com um pacote de 900 bilhões de dólares para dar oxigênio a uma economia devastada pela crise provocada pela covid-19, que acabou com milhões de empregos.
O acordo foi alcançado em um momento chave, antes de 26 de dezembro, quando expira uma série de ajudas extraordinárias do plano estabelecido no início da pandemia, o que poderia deixar muitas famílias sem qualquer tipo de renda.
Na noite de terça-feira, Trump surpreendeu os legisladores ao rejeitar o acordo, que inclui uma ajuda extraordinária de 600 dólares para pessoas em dificuldades, exigindo o aumento para 2 mil por pessoa.
A presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, tentou nesta quinta aprovar por unanimidade o acréscimo no benefício, mas os republicanos bloquearam a iniciativa.
"Hoje, na véspera de Natal, os republicanos da câmara cruelmente privaram os americanos dos 2 mil dólares que o presidente concordou em apoiar", disse Pelosi.
A líder democrata apontou que, se Trump leva realmente a sério sua proposta, ele deve pedir aos republicanos que parem com a "obstrução".
Sem tempo de manobra, com uma economia em que as demissões se acumulam por conta do avanço descontrolado da covid-19, não está claro qual será o próximo passo do Congresso ou do Executivo. O início da próxima legislatura, em 3 de janeiro, está a poucos dias, e em menos de um mês o democrata Joe Biden chega à Casa Branca.
WASHINGTON