A União Europeia não reconhece o resultado das eleições de 9 de agosto, que Lukashenko afirma ter vencido, e impôs sanções contra cerca de oitenta figuras do regime, incluindo o presidente e seu filho.
"Não quero culpar ninguém, mas é raro ver tão poucas pessoas na lista de sanções", disse Svetlana Tikhanovskaya, que afirma que 32 mil oponentes e manifestantes foram detidos pelas forças de segurança do governo.
"Há muitos responsáveis pelas atrocidades, violência e humilhação da dignidade dos cidadãos após as eleições. E a Europa pensa que há tão poucos responsáveis? A Europa pode fazer muito mais", acrescentou em entrevista com a ministra espanhola das Relações Exteriores, Arancha González Laya.
A líder da oposição propôs estender essas sanções a "pessoas normais", como "policiais que batem em pessoas" ou "diretores de colégios onde ocorreu a fraude eleitoral".
Belarus está paralisada há vários meses por manifestações da oposição, que consideram Tikhanovskaya a vencedora das eleições com as quais Lukashenko pretende garantir o sexto mandato.
O presidente tem o apoio da Rússia e exclui quaisquer concessões importantes, prometendo uma vaga reforma constitucional para sair da crise e um diálogo simulado com oponentes presos.
A maioria dos líderes dissidentes foi presa, colocada em prisão domiciliar ou exilada, como Tikhanovskaya, atualmente na Lituânia.
MADRI