(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Europa contrata primeira operação de limpeza espacial em órbita


01/12/2020 10:31

A Agência Espacial Europeia (ESA) assina, nesta terça-feira (1o), um contrato com uma start-up suíça para a primeira missão de "remoção" de resíduo espacial, abrindo caminho para um novo mercado de limpeza da órbita terrestre.

O contrato com a start-up ClearSpace, no valor de 100 milhões de euros (US$ 120 milhões), dos quais a ESA investiu 86 milhões de euros (US$ 102 milhões), terá início em 2025, com o objetivo de retirar uma parte de um velho foguete europeu Vega.

Batizado de Vespa, esse resíduo de 112 kg foi abandonado em 2013 em uma órbita baixa, a 800 km da Terra.

Esta é a primeira missão de limpeza em órbita do mundo, informa a ESA.

A ClearSpace, uma empresa derivada da Escola Politécnica Federal de Lausanne, recebeu contribuições de cerca de 20 empresas pertencentes a oito países-membros da agência espacial - Suíça, República Tcheca, Alemanha, Reino Unido, Polônia, Suécia, Portugal e Romênia.

A start-up vai construir um satélite de limpeza de 500 kg, que avaliará, em uma primeira fase, a velocidade da Vespa. Depois, deve capturar seu alvo, cercando-o com seus quatro "tentáculos" para desorbitá-lo.

A Vespa acabará por se desintegrar na atmosfera, assim como seu satélite de limpeza.

"Esperamos demonstrar que é tecnicamente possível e, com isso, permitir o desenvolvimento deste mercado", disse à AFP Eric Morel, da Westgayer, responsável pelo setor de indústria e compras da ESA, que também busca "dar o exemplo" da despoluição espacial.

Depois de quase 60 anos de atividade espacial e de mais de 5.500 lançamentos, cerca de 42.000 objetos maiores que 10 cm gravitam ao redor da Terra, formando uma nuvem de resíduos composta por antigos foguetes, pedaços de satélites que permaneceram em órbita após sua explosão, satélites obsoleto, entre outros.

Ao gravitar a toda velocidade (28.000 km/h), esses resíduos representam uma séria ameaça de colisão com satélites operacionais, o que pode destruir serviços cruciais (meteorologia e GPS, por exemplo) e gerar novos detritos.

Isso causaria uma reação em cadeia, que "seríamos incapazes de conter", afirma a chefe do escritório da ClearSpace na ESA, Luisa Innocenti.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)