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Estado de Minas

Opep e aliados estudam manter corte da produção; petróleo fecha em baixa


30/11/2020 19:55

Os integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reuniram-se nesta segunda-feira (30), no início de uma cúpula ministerial de dois dias que busca um acordo sobre as cotas de produção de petróleo, diante de um mercado com demanda em baixa devido à pandemia.

As cotações do petróleo caíram hoje. O barril do Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro, em seu último dia de cotação, perdeu 1,22%, a 47,59 dólares. Em Nova York, o barril do WTI para a mesma entrega cedeu 0,4%, a 45,34 dólares. No mês de novembro, Brent e WTI subiram 27%.

A Opep e seus 10 aliados reunidos na Opep+ decidiram retomar amanhã as conversas sobre o futuro da produção. "A maioria dos investidores pensava que o adiamento do aumento da produção da Opep era um assunto encerrado, que deveria apenas ser formalizado hoje. A realidade não é tão precisa", resumiu Bjornar Tonhaugen, analista da Rystad.

O objetivo comum da aliança dos países produtores de petróleo é manter à tona um setor duramente atingido pela pandemia, que, após atingir o fundo do poço em abril, recupera aos poucos o nível de preços. Para isso, o cartel terá que reduzir drasticamente a produção do chamado "ouro negro" e adaptá-la a uma demanda que está pelos terrenos, estratégia que traz pouca receita, mas permite relançar os preços.

Aos 13 países membros do cartel da Opep juntam-se nesta terça-feira os 10 países associados, conhecidos como Opep +, entre os quais se destaca a Rússia.

- Reunião sob incertezas -

Pelo acordo em vigor alcançado em abril, a retirada do mercado de 7,7 milhões de barris por dia (mbd) teria que ser reduzida para 5,8 mbd a partir de janeiro de 2021, mas a maioria dos observadores concorda que haverá um adiamento de três a seis meses, uma vez que o efeito da segunda onda da covid-19 não foi previsto.

No entanto, os progressos recentes nas vacinas contra o novo coronavírus dos laboratórios AstraZeneca, Pfizer/BioNTech ou Moderna têm permitido um aumento nos preços do petróleo, o que traz alguma incerteza a uma reunião que já este ano foi marcado por divergências.

A primeira cúpula de 2020, que ocorreu em março na sede da organização na Áustria, foi um grande fiasco. Rússia e Arábia Saudita saíram da reunião presas em uma guerra fratricida de preços.

Embora os membros do cartel atualmente compartilhem a meta das cotas de produção, o tema começa a ser espinhoso.

O preço do petróleo subiu 25% desde o início de novembro e se aproximou dos níveis pré-pandêmicos, entre US$ 45 e US$ 50 para o barril WTI americano e do Brent do Mar do Norte, as duas referências do petróleo.

O impacto que as campanhas massivas de vacinação, o retorno à atividade econômica, os deslocamentos e, consequentemente, o aumento do consumo de petróleo, não serão sentidos por vários meses, enquanto a Opep o define, pelo menos, entre o primeiro e o segundo trimestre de 2021.


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