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Estado de Minas

Rússia e Síria sob pressão da OPAQ por envenenamento de Navalny e ataque com sarin


30/11/2020 11:25

A Rússia e a Síria voltaram a ser confrontadas a respeito de denúncias de uso de armas químicas em reunião nesta segunda-feira dos países membros da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), com sede em Haia.

Moscou foi pressionado pelos países ocidentais a revelar com "transparência" as circunstâncias do envenenamento do opositor Alexei Navalny por um agente nervoso do tipo Novichok.

Sanções foram solicitadas contra Damasco, depois que investigadores da OPAQ acusaram o regime de Bashar al-Assad de ataques com gás sarin na Síria em 2017.

A Rússia e a Síria rejeitaram repetidamente as acusações, dizendo que as potências ocidentais politizaram o trabalho da OPAQ.

A Síria não cumpriu o prazo de 90 dias estabelecido em julho para revelar as armas usadas nos ataques à cidade de Lataminah e declarar os estoques existentes, informou o chefe da OPAQ, Fernando Arias.

Damasco "não cumpriu nenhuma das obrigações" impostas, acrescentou Arias na reunião.

Ele enfatizou que "lacunas, inconsistências e contradições" permaneceram nos relatórios sobre a implementação do acordo de 2013 pela Síria, no qual se comprometeu a entregar todas as suas armas químicas após um alegado ataque com sarin que matou 1.400 em Ghuta, nos subúrbios de Damasco.

A França propôs que a OPAQ "suspenda os direitos" da Síria por não cumprir os prazos, segundo informou o embaixador francês Luis Vassy, indicando que a proposta teve o apoio de 43 países.

Isso significaria que a Síria perderia seu direito de voto na OPAQ, uma organização na qual há anos rejeita todas as acusações de uso de armas químicas.

A Rússia, por sua vez, foi pressionada a lançar luz sobre o envenenamento de Alexei Navalny, pelo qual os governos ocidentais culpam o Kremlin.

A OPAQ confirmou a presença de vestígios do Novichok, um agente neurotóxico de uso militar desenvolvido na época soviética, em amostras retiradas do opositor russo após sua hospitalização em Berlim.

Arias disse que a organização ainda está em negociações com Moscou para enviar uma equipe de investigadores à Rússia.

Em uma declaração conjunta, 55 países, incluindo Estados Unidos, Japão, Canadá, Austrália e muitos países europeus, declararam "condenar nos termos mais fortes" o ataque contra Alexei Navalny.

Eles instaram a Rússia a "revelar de forma rápida e transparente as circunstâncias desse ataque com arma química" cometido em seu território.

A OPAQ tem 193 membros e recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2013 por seu trabalho em favor da destruição de estoques de armas químicas no mundo.


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