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Estado de Minas

AFP pede investigação após agressão sofrida por fotógrafo durante manifestação em Paris


29/11/2020 10:07

A AFP pediu neste domingo a abertura de uma investigação policial depois que o fotógrafo sírio Ameer al Halbi, que colabora com a agência, foi ferido durante a manifestação de sábado em Paris contra uma polêmica lei e contra a violência policial.

Ameer al Halbi, fotógrafo independente que já recebeu vários prêmios por suas imagens da Síria divulgadas pela AFP, foi gravemente ferido no rosto por um "golpe de cassetete", de acordo com a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), que denunciou uma violência policial "inaceitável".

Al Halbi, de 24 anos, mora na França desde 2017 e cobria, como fotógrafo independente, a manifestação na Praça da Bastilha.

"Estamos chocados com os ferimentos sofridos por nosso colega Ameer al Halbi e condenamos esta violência não provocada", afirmou Phil Chetwynd, diretor de informação da AFP.

Chetwynd destacou que no momento da agressão, Al Halbi "exercia seu direito legal a documentar, como fotógrafo, os protestos nas ruas de Paris" e estava com um "grupo de colegas que estavam claramente identificados como jornalistas".

"Pedimos à polícia que investigue este grave incidente e garanta que todos os jornalistas estão autorizados a fazer seu trabalho sem medo nem restrições", completou.

A Polka Magazine, da qual o fotógrafo também era colaborador, expressou neste domingo "sua firme indignação com a agressão policial sofrida".

"O cassetete que provocou os ferimentos no rosto tinha como alvo deliberado um repórter fotográfico que exercia livremente o seu ofício", afirma em um comunicado Alain Genestar, diretor da publicação.

Al Halbi, que ganhou vários prêmios internacionais, entre eles o segundo prêmio na categoria "Spot News" do World Press Photo em 2017, cobriu a guerra em Aleppo, norte da Síria, para a AFP.

Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas da França no sábado para uma jornada que recebeu o nome de "Marcha das Liberdades", com protestos contra um polêmico projeto de lei de segurança, considerado como uma mordaça pelos críticos, e contra a violência da polícia.


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