As hospitalizações por covid-19 na Cidade do México atingiram o nível mais alto desde julho passado, informaram as autoridades da capital nesta sexta-feira.
A ocupação hospitalar passou de 50% para 52% na última semana, segundo a chefe da prefeitura da cidade, Claudia Sheinbaum, que defendeu o autocuidado extremo para evitar o novo fechamento das atividades econômicas.
Até esta sexta-feira foram 3.632 internações, o maior número desde o último dia 3 de julho, quando foram registradas 3.666 internações. Um total de 886 pacientes estão intubados atualmente.
"A única maneira de voltarmos a uma situação de estabilização é não baixarmos a guarda", disse a prefeita em sua conferência diária.
Apesar do aumento de infecções e internações, a Cidade do México, com quase nove milhões de habitantes, encontra-se em um sinal laranja, nível de alerta anterior ao vermelho, de perigo máximo, que seria atingido se a ocupação do hospital subir para 65%.
As hospitalizações vêm aumentando desde meados de outubro. Até quinta-feira, na capital mexicana morreram 17.259 pessoas e 196.028 foram infectadas com o novo coronavírus, segundo dados oficiais.
Sheinbaum anunciou que, a partir da próxima semana, os exames diários para detectar casos positivos e tentar reduzir as infecções dobrarão para 20.000.
Além disso, a prefeitura local levará seu programa de QR code a supermercados e farmácias para rastreamento de possíveis infectados, que começou a ser implantado há uma semana em lojas, restaurantes e shopping centers.
A Cidade do México também manterá pela segunda semana consecutiva a restrição à venda de bebidas alcoólicas em 8 de seus 16 municípios, bem como o avanço do horário de fechamento de restaurantes, cinemas e academias.
A prefeita fez um apelo à cooperação para evitar um novo confinamento como o que a cidade viveu entre abril e maio, com o fechamento de todas as atividades econômicas não essenciais.
"Entendemos a difícil situação econômica que muitas famílias ainda estão passando", disse.
O México, com 128 milhões de habitantes, é o quarto país mais lamentado pelo novo coronavírus em números absolutos, com 104.242 mortes e 1.078.594 infectados até quinta-feira.