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Estado de Minas

UE e Reino Unido retomam negociações por acordo pós-Brexit


27/11/2020 11:25

O governo britânico e a União Europeia (UE) retomam no fim de semana as negociações presenciais em busca de um acordo pós-Brexit, que segundo o coordenador da equipe do Reino Unido, David Frost, "continua sendo possível", apesar do pouco tempo restante e das diferenças persistentes.

O chefe dos negociadores europeus, Michel Barnier, anunciou que viajará a Londres durante a tarde, o que encerra vários dias de boatos em Bruxelas sobre se o bloco seguiria negociando ante as "significativas divergências" com os britânicos, depois que todos os limites de tempo foram superados.

Os contatos presenciais entre as duas equipes foram interrompidos em 19 de novembro, após um caso de coronavírus na equipe de Barnier. As conversas prosseguiram por videoconferência.

Frost e Barnier retomarão os contatos frente a frente no sábado e prosseguirão de forma diária, afirmou um porta-voz do primeiro-ministro britânico Boris Johnson, que se negou a estabelecer um prazo final.

"Está tarde, mas um acordo continua sendo possível e vou prosseguir com as negociações até ficar claro que não é mais", tuitou Frost nesta sexta-feira, antes de destacar que para um bom resultado qualquer tratado "deve respeitar plenamente a soberania do Reino Unido" e "um acordo com outras bases é impossível".

Soberania "não é apenas uma palavra, tem consequências práticas que incluem controlar nossas fronteiras, decidir por nós mesmos um robusto sistema de controle de subsídios e controlar a pesca em nossas águas", afirmou.

- Risco de novo choque econômico -

Resta pouco mais de um mês para o fim do período de transição pós-Brexit, em 31 de dezembro, durante o qual o Reino Unido - que abandonou oficialmente a UE em 31 de janeiro - continua aplicando as normas europeias e negocia com os 27 sua futura relação.

Sem um tratado comercial até o fim do ano, Londres e Bruxelas correm o risco de um novo choque econômico, que se somaria às graves consequências financeiras da pandemia.

As partes esperavam concluir um acordo até meados de novembro no máximo para permitir a ratificação pelos respectivos Parlamentos até o fim do ano.

Membros do Parlamento Europeu já reclamaram que uma ratificação urgente entre o Natal e 1º de janeiro não daria tempo suficiente para uma análise adequada e debates do texto.

Os obstáculos permanecem os mesmos: as garantias de concorrência leal exigidas a Londres por Bruxelas, o acesso dos barcos europeus às ricas águas de pesca britânicas e a forma de resolver futuras divergências.

Johnson afirmou em várias ocasiões que está preparado para uma ruptura brutal caso não obtenha concessões suficientes por parte da UE.

- Frustração europeia -

Apesar de apontar um certo "movimento" em pontos-chave nos últimos dias, várias autoridades europeias expressaram depois a frustração com o que consideram ser uma jogada britânica e afirmaram que não conseguem prever se um acordo será ou não alcançado.

A presidente da Comissão Europeia, a alemã Ursula von der Leyen, advertiu na quarta-feira que qualquer tratado com o Reino Unido deve respeitar a integridade do mercado único europeu.

"Não estamos dispostos a colocar em risco a integridade do mercado único, a principal salvaguarda de prosperidade e riqueza da Europa", destacou.

Em uma tentativa de levar a discussão ao campo político, além das conversas técnicas entre as equipes de negociação, Johnson e Von der Leyen falaram por telefone diversas vezes nas últimas semanas.


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