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Estado de Minas

Ação de Graças em meio à pandemia nos EUA, que parece controlada na Europa


26/11/2020 18:26

Com um desfile virtual e o pedido das autoridades para que as reuniões familiares sejam limitadas, os Estados Unidos celebram, nesta quinta-feira (26), um Dia de Ação de Graças marcado pela retomada da pandemia no país, enquanto a Europa começa a flexibilizar suas restrições próximo à temporada de Natal.

A irrupção do vírus também afetou o famoso desfile de Ação de Graças, que costuma reunir milhões de pessoas nas ruas de Nova York, e foi realizado nesta quinta-feira sem audiência. Foi transmitido pela internet, filmado em sua maioria com antecedência.

Como muitos de seus compatriotas, o presidente eleito Joe Biden seguiu as recomendações sanitárias e não viajou para Massachusetts como faz todos os anos. O democrata passará a festa em Delaware apenas com sua esposa, filha e genro.

"Sei que não é assim que muitos de nós esperávamos passar o feriado", declarou o ex-vice-presidente de Barack Obama, em um vídeo divulgado nesta quinta-feira no Twitter.

"Sabemos que o pequeno sacrifício de ficar em casa é um presente para nossos compatriotas americanos", acrescentou.

Em uma prova de suas diferenças na gestão da pandemia, o presidente Donald Trump encorajou "todos os americanos a se reunirem, em casa e em locais de culto", em sua mensagem de Ação de Graças divulgada na quarta-feira.

O magnata republicano, que passou a manhã de quinta-feira jogando golfe, deve jantar com sua família na Casa Branca, segundo a porta-voz da primeira-dama.

Apesar dos alertas, quase sete milhões de pessoas embarcaram em viagens de avião no país nos últimos sete dias, segundo dados da agência TSA, responsável pelos controles de segurança em aeroportos, 22% a mais que na semana anterior.

Mas as reuniões familiares em torno do tradicional peru recheado não terão o mesmo sabor este ano, uma vez que o país acaba de registrar mais de 2.400 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas, o maior número dos últimos seis meses.

Em todo planeta, o vírus provocou mais de 1,4 milhão de mortes e mais de 60,4 milhões de contágios, segundo o balanço da AFP baseado nos números oficiais dos países.

- Esqui no Natal? -

Na Europa, que registra mais de 390.000 mortes e 17,1 milhões de casos, as medidas de confinamento impostas nas últimas semanas começam a apresentar resultados, e vários países começam a flexibilizar as restrições para as festas natalinas.

Na França, os estabelecimentos comerciais não essenciais reabrirão as portas a partir de sábado. Caso a situação continue melhorando, o governo cogita suspender em 15 de dezembro o confinamento, imposto há quase um mês, e substituí-lo por um toque de recolher noturno.

O Reino Unido, outro país muito afetado pela pandemia, prevê reabrir no início de dezembro todo comércio e iniciar um programa de testes em larga escala. O primeiro-ministro Boris Johnson já advertiu, no entanto, que o Natal não será "normal".

A Alemanha, que durante a primeira onda se viu relativamente pouco impactada pela pandemia, mas que atualmente registra números recordes de mortes e contágios, decidiu manter as restrições.

"O número de infecções ainda está em um nível muito elevado", declarou a chanceler Angela Merkel na quarta-feira.

O país está próximo de superar a marca de um milhão de contágios e já contabiliza 14.771 mortes, mais de 400 delas nas últimas 24 horas, segundo o Instituto de vigilância sanitária Robert Koch.

A Alemanha quer também que a União Europeia mantenha fechadas as estações de esqui até 10 de janeiro, para evitar novas contaminações, mas a Áustria, por sua vez, planeja a reabertura de suas instalações.

- Um processo "desafiador e caro" -

América Latina e Caribe registram mais de 440.200 vítimas fatais e 12,6 milhões casos de contágios.

Nas últimas 24 horas, o México registrou 858 mortes, o segundo maior número no planeta em apenas um dia, atrás apenas dos Estados Unidos (2.439). O país supera 103.500 óbitos e mais de um milhão de infecções.

Em termos gerais, o Brasil continua sendo o país mais afetado da região, com mais de 170.700 mortes e 6,1 milhões de casos.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), todo continente americano reportou mais de 1,5 milhão de contágios por covid-19 na última semana, um recorde desde a declaração da pandemia em março.

Na América Central, a OPAS acompanha com preocupação o potencial surgimento de focos em abrigos lotados após a passagem dos furacões Eta e Iota.

As esperanças do planeta estão nas futuras vacinas, embora as incertezas persistam. As doses desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e pela Universidade de Oxford precisam de um "estudo adicional", anunciou o diretor-executivo do grupo nesta quinta-feira, após questionamentos sobre os resultados anunciados.

Com uma eficiência média de 70%, esse número realmente esconde grandes diferenças entre dois protocolos diferentes.

Na América Latina, com suas regiões remotas, suas megalópoles e favelas em serviços básicos, distribuir e administrar as vacinas não serão uma missão fácil.

Imunizar a maioria dos habitantes será um processo "desafiador e caro", afirmou o subdiretor da OPAS, Jarbas Barbosa.

A OPAS espera distribuir vacinas na região entre março e maio de 2021, por meio do Covax, mecanismo implementado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir um acesso equitativo.


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