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Estado de Minas

Nápoles chora a morte de Maradona, o 'rei' da cidade italiana


25/11/2020 17:43

Nápoles chora nesta quarta-feira pela morte de Maradona, seu "rei", seu ídolo, que na década de 1980 elevou a autoestima de uma das cidades mais pobres da Itália com seu gênio e alegria.

"Adeus, rei do futebol", esta despedida está escrita em vários anúncios fúnebres com os quais os torcedores cobriram a cidade para divulgar sua morte na Argentina, aos 60 anos, por conta de uma insuficiência cardíaca.

"Ele era o rei, uma parte da cidade morre, ele era o coração e a mente", comentou Gianni, um barista da praça central do Plebiscito, em entrevista à emissora de televisão RaiNews.

Centenas de torcedores compareceram ao bairro central Quartieri Spagnoli em frente ao mural gigante de Maradona com a camisa azul número 10 para homenagear o jogador que é como "São Gennaro, santo padroeiro, figura imortal".

Flores, velas, bilhetes começaram a ser depositados em frente ao mural, apesar da cidade estar sob confinamento devido ao alto número de casos de covid19.

"Para sempre. Ciao Diego", publicou o Napoli em suas redes sociais após saber do falecimento do ex-jogador.

Um pouco depois, o clube napolitano divulgou uma segunda mensagem acompanhada de uma fotografia de Maradona com a camisa da equipe: "Todos esperam nossas palavras, mas quais palavras podemos usar para expressar uma dor como a que sentimos? No momento, é hora das lágrimas, então chegará a hora das palavras ".

E é justamente a dor, as lágrimas, a tristeza, o carinho que reinam na cidade, com as quais o gênio do futebol argentino manteve um vínculo único, após passar sete anos quando era o melhor jogador do mundo.

- "Vai embora um pedaço de nós" -

"Um pedaço de nós está indo embora", confessou Ivan Zazzaroni, diretor do jornal esportivo Corriere dello Sport, emocionado, com a voz embargada diante das câmeras da televisão pública.

"Nunca imaginei me despedir de Maradona", reconheceu Enzo Cucchi, outro renomado jornalista esportivo.

O prefeito da cidade do sul da Itália, Luigi de Magistris, que decretou um dia de luto na quinta-feira, acolheu o pedido de milhares de napolitanos para batizar com o nome do ex-jogador o estádio de Nápoles, sua segunda cidade depois de Buenos Aires.

"Morreu Diego Armando Maradona, o melhor jogador de futebol de todos os tempos. Diego fez sonhar o nosso povo, redimiu Nápoles com sua genialidade. Em 2017 tornou-se nosso cidadão de honra. Diego, napolitano e argentino, vocês no deu alegria e felicidade! Nápoles te ama!", escreveu o prefeito no Twitter.

"Maradona não morreu. Ele só foi jogar como visitante", reagiu o cineasta italiano Paolo Sorrentino, que desde a infância nutre uma verdadeira adoração pelo campeão argentino.

Sorrentino também acaba de terminar seu novo filme, rodado em Nápoles, intitulado "Foi a mão de Deus", uma homenagem à seu time e ao ídolo argentino. A história de Maradona com o Napoli começou em 1984 e até hoje tem sido uma relação incondicional. A estrela argentina jogou pelo clube local entre 1984 e 1991, uma fase apaixonante marcada por sua recepção, na qual 70.000 torcedores foram ao estádio para dar as boas-vindas, e pela conquista de dois campeonatos italianos (1987 e 1990) e da Copa da Uefa de 1989.


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