China e Japão prometeram, nesta terça-feira (24), cooperar em questões de comércio e defesa, mas entraram em confronto por causa de várias ilhas em disputa, em meio aos protestos de Tóquio por numerosas "incursões" marítimas de navios chineses.
A segunda e a terceira economias do mundo mantiveram relações tensas e complexas ao longo dos séculos devido às suas disputas no mar e à presença militar do Japão na área durante o século XX.
O chanceler chinês Wang Yi chegou a Tóquio para a primeira visita deste nível desde a liderada pelo dirigente chinês Yang Jiechi em fevereiro, que serviu para preparar a viagem do presidente da República Popular, Xi Jinping, cancelada por causa da pandemia de coronavírus.
O Japão protestou recentemente contra o que chamou de "incursões" chinesas sem precedentes em torno das ilhas Senkaku, no Mar da China Oriental, que Pequim reivindica e chama de Diaoyu.
O ministro das Relações Exteriores do Japão, Toshimitsu Motegi, declarou que "exortou fortemente" a China a evitar mais intrusões de navios chineses nas águas próximas às ilhas.
O ministro chinês afirmou que até o final do ano os dois países vão lançar uma linha telefônica direta entre as autoridades de Defesa.
Além da discórdia sobre essas ilhas, o tom das conversas sino-japonesas parecia cordial, pontuado por promessas de cooperação em questões comerciais, luta contra o coronavírus e com plano de retomada das viagens de negócios entre os dois países.