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Estado de Minas

Biden escolhe ex-presidente do Fed Janet Yellen como secretária do Tesouro


23/11/2020 19:51

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, nomeará a ex-presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, como secretária do Tesouro, disse nesta segunda-feira (23) à AFP uma fonte financeira próxima às decisões do novo governo segunda-feira.

Se Yellen for confirmada pelo Senado, ela se tornará a primeira mulher a chefiar o Departamento do Tesouro, cargo que assumirá em meio à profunda crise que abalou a maior economia do mundo devido ao coronavírus.

"Yellen vai ser a próxima secretária do Tesouro", afirmou a fonte à AFP, confirmando uma informação publicada pelo The Wall Street Journal.

Yellen, 74 anos, já havia quebrado uma barreira quando o ex-presidente democrata Barack Obama a escolheu para chefiar o Federal Reserve (Banco central americano) em 2014, posição da qual foi deposta por Donald Trump quatro anos depois.

No Fed, Yellen era vista como mais inclinada a políticas brandas, como manter as taxas de juros baixas para proteger o emprego.

Quando substituir Steven Mnuchin no Departamento do Tesouro, Yellen terá que enfrentar negociações que estão travadas há meses para a realização de um novo pacote de estímulo à economia, caso os legisladores não ajam antes da posse de Biden, em 20 de janeiro.

"A política fiscal tem um papel muito importante a desempenhar agora. Acredito ser essencial", afirmou em novembro Yellen, que atualmente é membro do renomado Brookings Institution, em Washington.

- Paixão pelo trabalho -

Yellen, uma economista entusiasmada com um jeito de falar erudito, às vezes carregado de jargão, é casada com o ganhador do Prêmio Nobel de Economia George Akerlof.

A ex-chefe do Fed tem experiência no mercado trabalhista, uma habilidade valorizada em um momento de crise, quando a pandemia dobrou o desemprego nos Estados Unidos para 6,9%, (3,6% em fevereiro).

Yellen também tem o respeito dos legisladores que lembram de seus esforços para normalizar a política monetária do Fed após a crise financeira global de 2008.

Próxima à elite econômica progressista, Yellen foi além de Biden ao exigir um imposto sobre as emissões de carbono para combater as mudanças climáticas. "Precisamos de políticas públicas que visem fazer uma grande diferença nas mudanças climáticas", disse recentemente.

- Rivalidade com Trump -

Filha de um médico judeu, Yellen, que ainda fala com o sotaque de seu Brooklyn natal, formou-se na Universidade de Yale e passou um terço de sua carreira no Fed, primeiro como pesquisadora econômica e depois em cargos superiores.

Ela também atuou como conselheira econômica do ex-presidente Bill Clinton de 1997 a 1999, lecionou na Universidade da Califórnia em Berkeley e chefiou o Federal Reserve Bank de San Francisco.

Em 2010, ela se tornou adjunta do ex-presidente do Fed, Ben Bernanke, e supervisionou o grande plano de apoio monetário para ajudar a economia dos Estados Unidos a emergir da crise financeira global de 2008.

Afável e baixa, Yellen nunca perdeu a compostura diante dos ataques que sofreu dos legisladores republicanos. No início do mandato de Trump, não hesitou em alertar sobre os riscos ao déficit fiscal que cortes de impostos representavam, como os propostos pelo presidente republicano.


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