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Estado de Minas

Dúvidas e luto no Iraque após novo ataque do Estado Islâmico


22/11/2020 11:07

A província de Salaheddin declarou neste domingo (22) três dias de luto, após a morte de 10 pessoas em um ataque jihadista que provocou críticas contra as forças iraquianas por não conseguirem eliminar as células clandestinas do Estado Islâmico (EI).

Na sexta-feira, o chefe da polícia federal, o general Jaafar Al-Batat, celebrou o "sucesso da operação de segurança total do monte Makhul", a cerca de 200 km ao norte de Bagdá, em declarações à agência oficial iraquiana.

No dia seguinte à noite, o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) respondeu com uma bomba colocada na beira da estrada que explodiu quando um carro de civis passava.

Quando a polícia e membros do Hashd Al-Shaabi - coalizão de paramilitares agora integrados ao Estado - chegaram ao local, os jihadistas dispararam contra eles.

Seis militares e quatro civis morreram nessa emboscada dos jihadistas. Cerca de dez dias antes, outros onze iraquianos, incluindo combatentes do Hashd Al-Shaabi (Unidades de Mobilização Popular, PMU), morreram em um ataque com granada em um posto militar na entrada oeste de Bagdá.

Esses são números altos para um país que não sofria grandes atentados desde o anúncio da vitória sobre o EI há três anos.

- Ressurgimento jihadista -

O modus operandi, com granadas, bombas colocadas na beira da estrada ou com armas leves, ainda é simples, dizem os militares iraquianos ou estrangeiros da coalizão anti-jihadista liderada pelos Estados Unidos.

Mas isso não impede, segundo os especialistas, que o ramo iraquiano do EI seja atualmente o mais ativo do grupo, que perdeu em 2019 seu "califado" territorial autoproclamado na Síria.

"Suas atividades aumentaram rapidamente desde fevereiro de 2020", detalha um estudo publicado em novembro pelo Centro Internacional de Contraterrorismo de Haia.

Este aumento dos ataques lembra "o ressurgimento de 2012" e traz à tona a nova estratégia do EI: "passar da fase de reconstrução para a de ataques relâmpago do tipo guerrilha contra as forças de segurança e seus apoios", afirma o estudo.

"Os ataques do EI em áreas remotas são casos isolados, agora sob controle", celebrou o general Batat nos meios de comunicação estatais na sexta-feira.

Mas para Jamal al-Dhari, um político sunita, a emboscada de sábado "evidencia os repetidos fracassos do combate ao terrorismo" e "o governo de Mustafa al-Kazami deve seriamente implementar uma estratégia nacional".

Os últimos ataques ocorreram após o anúncio dos Estados Unidos da retirada em breve de 500 de seus soldados implementados no Iraque, para deixar apenas 2.500.


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