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Estado de Minas

Último impulso de Pompeo para negociações afegãs, em meio à retirada das tropas dos EUA


21/11/2020 11:19

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, chegou neste sábado (21) no Catar para reunir-se com negociadores talibãs e do governo afegão, em um momento em que Estados Unidos acelera sua retirada do Afeganistão apesar da violência persistente.

Neste sábado, ao menos oito pessoas morreram e outras 31 ficaram feridas em um ataque com foguetes no centro de Cabul, em áreas densamente povoadas da capital afegã, perto da Área Verde onde se encontram embaixadas e empresas internacionais.

O ataque foi reivindicado pela tarde pelo grupo jihadista Estado Islâmico.

Antes, o governo afegão havia atribuído a responsabilidade aos talibãs, que negaram ser os autores.

Neste contexto de tensão, o Departamento de Estado anunciou que Pompeo manterá as reuniões separadamente em Doha, onde acontecem as negociações interafegãs.

Em 29 de fevereiro, ele participou na capital do Catar da assinatura de um acordo histórico entre Estados Unidos e os talibãs para encerrar a intervenção militar americana mais longa da história.

Mike Pompeo se reunirá também com o emir do Catar, xeque Tamim bin Hamad Al-Thani, e com o ministro das Relações Exteriores, durante sua visita a Doha, base diplomática dos insurgentes afegãos.

- Retirada das tropas -

O ministro de Donald Trump, que chegará de Abu Dhabi, termina neste fim de semana no Golfo uma viagem por sete países da Europa e Oriente Médio, enquanto o presidente, que continua sem reconhecer a vitória do democrata Joe Biden nas eleições de 3 de novembro, acelera suas prioridades de fim de mandato.

Nesta semana, o Pentágono anunciou a retirada de cerca de 2.000 soldados a mais do Afeganistão até 15 de janeiro, cinco dias antes da posse do presidente eleito. Só restarão 2.500.

O calendário estabelecido no acordo assinado entre Washington e os talibãs marca a retirada completa das tropas para meados de 2021, com base em condições que, de acordo com vários observadores, ainda não foram cumpridas.

Trump prometeu em várias ocasiões que acabaria com as "guerras sem fim" de seu país, incluindo no Afeganistão, onde o Exército americano interveio após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Os aliados europeus de Washington, assim como certas figuras republicanas, expressaram sua preocupação sobre esta retirada, que muitos julgam ser prematura.

Joe Biden, por sua vez, também deseja encerrar a guerra no Afeganistão. Sinal de uma possível continuidade neste delicado dossiê, várias vozes pedem ao democrata que mantenha o negociador americano Zalmay Khalilzad no cargo.

Os talibãs dialogam pela primeira vez com o governo afegão desde 12 de setembro, embora essas discussões estejam prestes a terminar em fiasco por conta dos desacordos.

As negociações deram poucos sinais de progresso em dois meses, mas várias fontes declararam à AFP na sexta-feira que ambas as partes pareciam ter resolvido um ponto-chave de disputa sobre as regras das negociações.


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