(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Austrália investigará possíveis crimes de guerra cometidos por seus soldados no Afeganistão


12/11/2020 07:49

A Austrália anunciou, nesta quinta-feira (12), a nomeação de um promotor especial para investigar informações sobre possíveis crimes de guerra cometidos pelas forças especiais australianas contra civis e prisioneiros no Afeganistão.

Citando acusações de "má conduta grave e possivelmente criminosa", o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, tomou a decisão de encerrar o caso na Austrália, para se antecipar à possibilidade de que fosse levado ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

A Austrália enviou comandos de elite para o Afeganistão, junto com os Estados Unidos e seus aliados, após os ataques de 11 de setembro de 2001.

Desde então, a mídia australiana divulga acusações muito graves contra as forças nacionais, como a de que um homem foi morto para abrir espaço em um helicóptero, ou a morte de um menino de seis anos durante uma operação de revista em uma casa.

Inicialmente, o governo tentou encerrar as contas dos lançadores de alertas que informavam essas acusações, e a polícia investiu contra os jornalistas investigativos que as divulgaram.

O Inspetor Geral das Forças de Defesa da Austrália conduziu uma investigação de quatro anos sobre "rumores e acusações" de "possíveis violações do direito da guerra".

Essas investigações identificaram 55 incidentes relacionados ao assassinato ilegal de "pessoas que não eram combatente, ou que já tinham deixado de ser", assim como "tratamentos cruéis".

Morrison disse que uma versão do relatório do inspetor-geral será divulgada nos próximos dias.

"Os homens e mulheres envolvidos, assim como as forças de defesa atuais e passadas, compartilham as expectativas e aspirações dos australianos em relação às nossas forças de defesa e à forma como realizam sua missão", afirmou Morrison.

"Isso exige que enfrentemos verdades honestas e contundentes, se as expectativas e os padrões não foram respeitados", completou.

O primeiro-ministro disse ainda que um painel independente foi criado para estabelecer melhorias nas Forças Armadas.

O caso explodiu em 2017, quando a emissora pública ABC publicou os "Arquivos Afegãos", uma série de investigações que acusavam as forças australianas de terem matado homens e garotos desarmados no Afeganistão.

Em resposta, a polícia abriu uma investigação sobre os jornalistas da ABC Daniel Oakes e Sam Clark, suspeitos de terem informações confidenciais em seu poder.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)