O principal partido da oposição em Mianmar, alinhado com o Exército, rejeitou nesta quarta-feira (11) os resultados "injustos" das eleições parlamentares de domingo e pediu uma nova votação, o que as autoridades negaram imediatamente.
Os resultados definitivos da eleição ainda não foram anunciados, mas o partido governista da Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, a Liga Nacional para a Democracia (LND), já reivindicou "uma vitória esmagadora".
Estas são as segundas eleições gerais desde 2011, ano da dissolução da junta no poder durante meio século.
Os observadores consideraram que a votação se desenvolveu bem, mas criticaram a falta de transparência, a privação do direito ao voto de um grande número de pessoas e as restrições devido ao coronavírus, fatores que beneficiaram a LND.
Mas o principal partido da oposição, o Partido da Solidariedade e do Desenvolvimento da União (PSDU), alinhado com o Exército, foi mais longe. "Rejeitamos a eleição porque foi injusta", disse seu porta-voz Win Win Aung, alegando que um grande número de pessoas não registradas votaram.