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Estado de Minas

'Massacre' de civis deixa ao menos 32 mortos na Etiópia


02/11/2020 18:25

Pelo menos 32 civis foram mortos no domingo na região de Oromia, no oeste da Etiópia, durante um ataque de um grupo rebelde, informou o órgão nacional de monitoramento de direitos humanos nesta segunda-feira (2), que falou em um "massacre".

"Os números oficiais registram a morte de 32 civis, mas os primeiros indícios (...) sugerem que é muito provável que o saldo ultrapasse essa contagem", disse a Comissão Etíope de Direitos Humanos (EHRC) em um comunicado.

Com base em testemunhos de sobreviventes, a organização Anistia Internacional (AI) falou de 54 mortos - homens, mulheres e crianças -, todos eles membros da etnia amhara, a mais importante do país depois da etnia oromo.

Este massacre ocorreu em um contexto de crescente violência étnica que pressiona o primeiro-ministro Abiy Ahmed, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2019 e é originário da mesma região de Oromia.

De acordo com o EHRC, os ataques foram "dirigidos contra membros do grupo étnico Amhara", o maior na Etiópia depois dos Oromos.

As autoridades regionais de Oromia haviam anteriormente acusado um grupo armado, o Exército de Libertação Oromo (OLA), de liderar o ataque na área de Wollega.

"Cidadãos pacíficos foram assassinados (...) de uma forma horrível", indicaram em nota, sem citar os números das vítimas.

Um sobrevivente, contatado por telefone pela AFP nesta segunda-feira, disse que o ataque deixou dezenas de mortos.

Ele explicou que os agressores agiram logo após a retirada repentina e inexplicável dos soldados da região.

"Depois que nos reunimos, eles abriram fogo contra nós, antes de roubar os animais e incendiar as casas", disse esta testemunha, anônima por motivos de segurança.

"Contei mais de 50 corpos e sei que outras (pessoas) foram atingidas pelas balas", acrescentou.

O EHRC "pede às autoridades federais e regionais que iniciem prontamente uma investigação independente sobre este massacre e esclareçam as razões para a retirada dos militares desta área há muito conhecida por ser vulnerável a ataques."

O OLA, que aparentemente tem milhares de membros, se separou da Frente de Libertação Oromo (OLF), um grupo de oposição que renunciou à luta armada após o retorno do exílio de seus líderes depois que Abiy chegou ao poder em 2018.

O governo responsabilizou o OLA por uma série de assassinatos, bombardeios, assaltos a bancos e sequestros em Oromia.


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