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Estado de Minas

Trump corre e Biden caminha na reta final da disputa da Casa Branca


01/11/2020 18:55

Com comícios em cinco estados-chave, Donald Trump imprime um ritmo frenético à sua campanha, na tentativa de alcançar, a dois dias das eleições, seu adversário democrata na disputa da Casa Branca, Joe Bien, que concentrou suas forças neste domingo (1º) na Pensilvânia.

"Um voto para mim e o Partido Republicano é um voto para o sonho americano", disse Trump diante de uma multidão de simpatizantes em Michigan, no primeiro de seus cinco atos de campanha.

Trump viajou em seguida para Dubuque, Iowa, e depois irá para a Carolina del Norte, Geórgia, e já no fim da noite, para a Flórida.

Com 74 anos, a um mês de ter contraído covid-19 e após centenas de reuniões em busca de um novo mandato, o presidente não dá mostras de cansaço. Na segunda, também fará cinco comícios em quatro estados.

- Questão de fé -

Em contraste, seu adversário democrata, o católico praticante Biden, estará apenas na Pensilvânia neste domingo, cercado de líderes religiosos, para mobilizar os eleitores neste estado industrial-chave, que Trump visitou no sábado e onde venceu Hillary Clinton por uma pequena margem nas eleições de 2016.

"Minha fé tem sido uma fonte incomensurável de consolo em tempos de dor e uma inspiração diária para lutar contra o abuso de poder em todas as suas formas", disse Biden no Twitter.

Em Michigan, Trump recebeu elogios de seus seguidores, que se reuniram apesar da neve, vestindo casacos com broches com o rosto de Trump. "Te amamos! Te amamos!".

O presidente venceu em 2016 neste estado-chave, antigo coração da indústria automotiva, com uma vantagem de menos de 11.000 votos.

"O vento bate diretamente no meu rosto e tenho dificuldade em respirar", brincou Trump, dirigindo-se à multidão, desafiando o frio com luvas pretas grossas e seu inseparável boné vermelho com a inscrição "Make America Great Again" (Fazer os Estados Unidos Grandes de novo). Em seguida, arriscou alguns passos de dança ao som da música "Y.M.C.A", do grupo Village People.

- Campanha na pandemia -

Trump continua minimizando a gravidade do novo coronavírus, apesar de os contágios aumentarem exponencialmente e de as mortes terem superado as 230.000.

O renomado epidemiologista Anthony Fauci criticou, em entrevista ao jornal The Washington Post, a estratégia do governo para enfrentar a covid-19, gerando um contra-ataque da Casa Branca, que o acusou de querer enfraquecer o candidato-presidente.

Segundo estimativas de economistas da Universidade de Stanford, publicadas na quinta-feira, 18 dos comícios de Trump provocaram mais de 30.000 casos do novo coronavírus e mais de 700 mortes, embora não necessariamente entre os participantes dos atos. Os pesquisadores se basearam em um modelo estatístico.

Diferentemente de Trump, Biden respeita as medidas de precaução, o que levou a equipe do presidente, que divulga boatos sobre o estado físico e mental de seu adversário democrata, a acusá-lo de "se esconder no porão".

Os dois já votaram antecipadamente, assim como mais de 93 milhões dos 230 milhões de eleitores do país, para evitar aglomerações no dia da eleição.

- Cautela e tensões -

Uma pesquisa do jornal The New York Times e do Sienna College publicada no domingo mostra Biden à frente de Trump em quatro estados decisivos. Em todos eles - Pensilvânia, Arizona (sudoeste), Flória e Wisconsin (norte) - o republicano venceu em 2016.

Mas os especialistas pedem cautela com regularidade, lembrando que Trump deu uma das maiores surpresas da história política dos Estados Unidos, ao derrotar Hillary Clinton em 2016.

Diante das tensões sentidas em todo o país, alguns comércios de várias cidades, entre elas Nova York e Washington, protegeram suas vitrines por medo da ocorrência de distúrbios após as eleições.

Caso a votação seja muito acirrada e os resultados demorem a sair, alguns temem que os partidários dos dois candidatos vão às ruas pedir a retirada do adversário.

"Vai haver um alvoroço no nosso país", previu no sábado Trump, que durante a campanha se negou várias vezes a confirmar que cederia pacificamente o poder em caso de derrota em 3 de novembro.

Em qualquer caso, a equipe de campanha de Biden anunciou que se dirigirá "à nação" na noite das eleições, o que Hillary Clinton não fez após sua derrota há 4 anos.

O canal de notícias CNN revelou no sábado que vários funcionários da Casa Branca levam meses colaborando com a equipe de Biden - como é a tradição - para preparar uma possível transferência de poder.


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