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Estado de Minas

Biden alerta que controlar COVID-19 exige imenso esforço; Trump mantém ritmo frenético

A seis dias da eleição, Biden, de 77 anos, permaneceu em sua residência em Delaware e votou cedo, assim como 74,7 milhões de outros americanos que já votaram antecipadamente


28/10/2020 21:49 - atualizado 28/10/2020 22:10

De acordo com o FiveThirtyEight.com, 57,4% dos americanos desaprovam a gestão da pandemia feita por Trump(foto: JIM WATSON, SAUL LOEB / AFP )
De acordo com o FiveThirtyEight.com, 57,4% dos americanos desaprovam a gestão da pandemia feita por Trump (foto: JIM WATSON, SAUL LOEB / AFP )
O candidato democrata à Casa Branca, Joe Biden, alertou nesta quarta-feira (28) que controlar a COVID-19 exigirá um esforço imenso e que não há um botão mágico para acabar com a pandemia, ao mesmo tempo em que o presidente Donald Trump continuava com seu ritmo frenético de campanha, indiferente ao vírus.


A seis dias da eleição, Biden, de 77 anos, permaneceu em sua residência em Delaware e votou cedo, assim como 74,7 milhões de outros americanos que já votaram antecipadamente.


O candidato democrata voltou a criticar seu rival sobre a situação da saúde no país, que continua a campanha em um país que registra 226.723 mortes pela COVID-19, mais do que em qualquer outra nação no mundo.


"Este vírus atinge as minorias com muito mais força, principalmente os negros, latinos e indígenas", disse Biden.


O democrata também garantiu que a recusa do governo em reconhecer a realidade em um momento em que todos os dias 1.000 americanos morrem pela COVID-19 "é um insulto às pessoas" que sofrem com o vírus.


De acordo com o FiveThirtyEight.com, 57,4% dos americanos desaprovam a gestão da pandemia feita por Trump.


Biden, no entanto, fez questão de ressaltar que mesmo que ganhe as eleições, "acabar com a pandemia exigirá um esforço imenso".


"Não estou fazendo campanha com uma promessa falsa de que posso acabar com a pandemia como alguém apertando um botão", acrescentou.


O republicano Trump, de 74 anos, continua seu ritmo frenético de comícios e nesta quarta concentra sua campanha no Arizona, estado de tradição republicana onde seu adversário lidera as pesquisas com uma pequena margem de menos de três pontos.


Em uma pista de pouso em Bullhead, Trump - usando terno e um boné com a inscrição "Make America Great Again" (Recuperar a grandeza dos Estados Unidos) - ignorou a crise sanitária em um meio em que muitos de seus simpatizantes sequer usaram máscaras, enquanto o saudavam energicamente.


"Vai ser fantástico, uma verdadeira onda vermelha", disse o presidente em relação à cor do Partido Republicano.


Em outro comício em Goodyear, no Arizona, Trump antecipou que repetirá sua vitória surpreendente de 2016: "vamos ter uma surpresa ainda maior em seis dias".


"O único que me preocupa é se trapacearem com os votos", disse, voltando à acusação, desprovida de provas, sobre uma possível fraude.


O presidente vai encerrar o dia em Doral, na Flórida, sem esquecer os preciosos 29 votos eleitorais deste estado.


A imensa quantidade de votos obtidos antecipadamente sugere duas coisas: a primeira é que essas eleições terão um recorde de participação, e a segunda é que provavelmente os resultados não estarão disponíveis na noite da eleição.


A diretora de campanha de Biden, Jen O'Malley Dillon, informou na semana passada que a corrida eleitoral será "mais apertada" do que preveem os especialistas.


Conscientes do risco, os democratas apostam fortemente no comício do sábado, que reunirá o ex-presidente Barack Obama e Biden em Michigan, um estado pendular, fundamental para se chegar à Casa Branca.


- A economia nos holofotes -


Outro tema da campanha é a capacidade do país de se reeguer da dura recessão causada pela pandemia.


Diante de uma perspectiva atual de milhões de empregos destruídos, Trump prometeu aos eleitores na terça-feira que haverá "um recorde de prosperidade, crescimento épico e uma vacina segura".


Na quinta-feira, o Departamento de Comércio divulgará os números do crescimento do terceiro trimestre, depois que a economia absorveu o choque causado pela pandemia no trimestre anterior e registrou uma retração recorde de 31,7%.


Segundo o FMI, os Estados Unidos fecharão o ano com uma retração menos acentuada do que o esperado, com queda de 4,3% do PIB.


Porém, na ausência de acordo no Congresso para lançamento de novo plano de estímulo econômico e diante de avanços do vírus, o nervosismo reina nos mercados.


Wall Street abriu nesta quarta-feira novamente com perdas e o petróleo também acentuou sua queda.


- Toque de recolher na Filadélfia -


Outra questão que marca a campanha é a onda de protestos contra o racismo e a violência policial após a morte de George Floyd, um homem negro, asfixiado por um policial branco em maio em Minneapolis.


Outro incidente na segunda-feira, no qual a polícia matou a tiros um jovem negro de 27 anos que sofria de problemas mentais gerou uma onda de distúrbios na Filadélfia, que viveu na noite de terça-feira um segundo dia de violência.


Para evitar que os distúrbios continuem, as autoridades decretaram um toque de recolher para esta quarta-feira.


A Casa Branca disse em um comunicado que os distúrbios na Filadélfia são "a última das consequências da guerra contra a polícia empreendida pelos democratas".


Na terça-feira, Biden comentou o ocorrido afirmando que não se pode aceitar que nos EUA "uma crise psiquiátrica termine em morte".

 

(foto: Frederic J. BROWN/AFP - 26/10/20)
(foto: Frederic J. BROWN/AFP - 26/10/20)

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