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Estado de Minas Viagem

Argentina libera turismo

A partir de sexta-feira, brasileiros e viajantes de países vizinhos poderão entrar em Buenos Aires apresentando teste PCR negativo para COVID e seguro-saúde


28/10/2020 04:00

Depois de sete meses fechada para o mundo, capital argentina voltará a receber visitantes que comprovem estar livres do novo coronavírus (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 8/6/18)
Depois de sete meses fechada para o mundo, capital argentina voltará a receber visitantes que comprovem estar livres do novo coronavírus (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press - 8/6/18)
Depois de cerca de sete meses, a Argentina estará aberta a turistas estrangeiros de países vizinhos a partir desta sexta-feira. Em comunicado do Ministério do Interior do país, o ingresso de visitantes deverá ser realizado por meio aéreo para a grande maioria, com desembarque no Aeroporto Internacional de Ezeiza, na Região Metropolitana de Buenos Aires. Entre os requisitos para o ingresso estão teste PCR negativo para a COVID-19 e um seguro-médico válido para a doença.

Além do Brasil, passageiros do Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile poderão entrar na Argentina desde que apresentem o teste negativo, uma declaração de saúde e permitam ter a temperatura monitorada na chegada. Não será preciso fazer quarentena.

Segundo o ministério, a entrada por avião deverá ser apenas pelo Aeroporto de Ezeiza e por via marítima, muito comum para uruguaios, pelo porto da capital argentina. Os protocolos oficiais ainda serão anunciados, pois se avalia a necessidade de um teste ao se chegar na Argentina, para dar mais segurança a todos.

Serão instalados 18 hospitais de campanha em destinos turísticos selecionados e os visitantes identificados com COVID-19 serão isolados imediatamente. Lammens disse que o governo tem trabalhado de forma coordenada com o Ministério da Saúde e a Província de Buenos Aires, para que a temporada de verão ocorra com todos os cuidados.

As autoridades uruguaias reagiram e disseram que não vão proibir, mas desestimular as viagens dos cidadãos do Uruguai à Argentina. Os uruguaios que viajarem para a Argentina deverão fazer quarentena de 14 dias na volta e fazer três testes de COVID-19, pagos pelo viajante: na ida, na volta e sete dias após o retorno. As informações são do portal Panrotas.

As fronteiras uruguaias devem ficar fechadas durante todo o verão. Nem mesmo argentinos com casa em Punta del Este poderão entrar no Uruguai. “Não colocaremos as receitas de Turismo à frente da saúde do povo”, disseram as autoridades uruguaias, segundo o jornal La Nación. 

Na Europa


Enquanto a Argentina tenta retomar o fluxo de turistas, a organização de aeroportos ACI Europa advertiu ontem contra o risco de insolvência de alguns aeroportos regionais europeus nos próximos meses, e inclusive do fechamento desses se o número de passageiros continuar diminuindo de hoje até o fim do ano. O Conselho Internacional de Aeroportos (ACI) estima que “193 aeroportos enfrentarão uma insolvência nos próximos meses se o tráfego de passageiros não for retomado antes do fim do ano. Trata-se principalmente de aeroportos regionais” que, segundo a organização, operam voos nacionais.

Mas “os aeroportos europeus maiores e os hubs não estão protegidos contra os importantes riscos financeiros”, acrescentou a ACI Europa, que representa 500 aeroportos em 46 países europeus. “Esse aumento repentino da dívida de 16 bilhões de euros adicionais para os 20 principais aeroportos europeus representa cerca de 60% de seu volume de negócios em um ano normal", explica a organização.

“Os números publicados ontem refletem uma situação muito sombria. Depois de oito meses de crise, os aeroportos queimam dinheiro para ficar abertos, com receitas longe de cobrir os gastos operacionais", comentou Oliver Jankovec, diretor-geral da ACI Europa. Para retomar o tráfego, pediram a implementação de testes em massa de COVID-19 nos aeroportos e evitar assim as medidas restritivas até a chegada ao destino.

Pane no ar


Com a pandemia da COVID-19, o volume de negócios das companhias aéreas vai cair 46% em 2021 em relação a 2019, o que afasta ainda mais a recuperação do setor, alertou a Associação Internacional de Trasporte Aéreo (Iata) ontem. 

As  companhias aéreas esperavam uma recuperação no tráfego aéreo no quarto trimestre, mas dada a nova onda do COVID-19 e as restrições de tráfego elas revisaram suas projeções anteriores, que previam queda de 29%.

A Iata, que agrupa 290 companhias aéreas, estima que este ano o tráfego aéreo cairá 66% e que em dezembro essa queda chegará a 68%. 

O setor sofreu seu pior mês da história em abril, e começou a se recuperar em julho, para entrar em colapso novamente em setembro, com a segunda onda do coronavírus. As previsões anteriores eram de uma vacina no segundo semestre de 2021.

"Não estamos mais tão otimistas quanto ao segundo semestre de 2021”, explicou Brian Pearce, diretor financeiro da associação, em entrevista coletiva virtual. "A cada novo dia de crise, aumentam as possibilidades de perda de empregos e destruição econômica", declarou o diretor-geral da entidade, que reiterou o apelo aos governos para que dêem novas ajudas ao setor. 

Segundo o Iata, o setor já obteve apoio de US$ 160 bilhões por meio de ajudas diretas, empréstimos ou medidas fiscais.



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