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Estado de Minas

Senado dos EUA vota para confirmar juíza nomeada por Trump à Suprema Corte


26/10/2020 08:19

O Senado dos Estados Unidos deve confirmar, nesta segunda-feira (26), a nomeação para a Suprema Corte de uma juíza indicada por Donald Trump, que assim poderá se gabar, a oito dias da eleição presidencial, por ter consolidado a maioria conservadora na mais instância judicial do país.

Atrás de seu rival Joe Biden nas pesquisas, o presidente republicano indicou a magistrada Amy Coney Barrett, uma fervorosa católica conservadora de 48 anos, para suceder ao ícone progressista e feminista Ruth Bader Ginsburg após sua morte.

Trump conta com a confirmação de Barrett para satisfazer sua base eleitoral. Barrett será o terceiro juiz conservador que ele consegue emplacar em seu mandato.

Os democratas denunciam a vontade do presidente de realizar uma indicação tão fundamental - os juízes são nomeados para mandatos vitalícios - tão próximo da votação de 3 de novembro, mas eles têm poucas ferramentas para impedir seu desfecho.

Os republicanos têm maioria no Senado, pelo menos até as eleições de novembro. Além do presidente, os americanos também renovarão parte do Congresso.

Em uma sessão incomum de fim de semana, os senadores varreram, com 51 votos a 48, um último obstáculo no procedimento para limitar a duração dos debates.

Isso abre caminho para uma votação solene em plenário, nesta segunda, da candidatura de Amy Coney Barrett, já aprovada pelo Comitê Judiciário da Casa.

Uma maioria simples de 51 votos, em mãos republicanas, será suficiente.

"Amanhã à noite, teremos uma nova integrante da Suprema Corte dos Estados Unidos", disse o líder da maioria republicana Mitch McConnell, após a sessão de domingo, pondo fim aos apelos dos democratas para se aguardar os resultados da eleição geral.

- Seis contra três -

Os republicanos "supervisionam o processo mais partidarista, mais hipócrita e menos legítimo da história das nomeações para a Suprema Corte", disse o líder dos democratas na Casa, senador Chuck Schumer, lembrando que o próprio McConnell se recusou, em 2016, a permitir as audiências de um juiz escolhido pelo então presidente, Barack Obama, alegando que as eleições estavam muito próximas.

A base governista cerrou fileiras em torno da indicada de Trump. Embora duas senadoras republicanas consideradas moderadas tenham manifestado sua oposição à velocidade do trâmite processual da nomeação de Barrett, uma deles, Lisa Murkowski, antecipou no fim de semana que isso não a impedirá de votar a favor da juíza.

"Perdi a batalha processual", mas "não tenho nada contra ela como pessoa", explicou.

A ascensão da juíza Barrett mudará significativamente o equilíbrio da Suprema Corte, com uma maioria conservadora de seis contra três juízes mais progressistas.

Esta mãe de sete filhos contrária ao aborto poderá, salvo algum imprevisto, participar de sua primeira audiência a partir de 2 de novembro, um dia antes da eleição presidencial.


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