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Estado de Minas

Trump e Biden se enfrentam em último debate sob tensão máxima


22/10/2020 18:31

Donald Trump enfrentará seu adversário democrata na corrida pela Casa Branca, Joe Biden, nesta quinta-feira (22), em um último debate eleitoral, transmitido pela TV de Nashville a 12 dias da eleição presidencial nos Estados Unidos.

O primeiro encontro, realizado no fim de setembro, em Cleveland (Ohio), foi marcado pelo caos, por insultos e por constantes interrupções. O candidato democrata, 77 anos, referiu-se ao presidente como "mentiroso", "racista" e "palhaço". Trump, três anos mais jovem, rebateu: "Não há nada de inteligente em você."

Nada indica que o tom de hoje será mais cortês. O debate em Nashville será, para Trump, uma das últimas oportunidades de alto nível para tentar mudar os rumos da campanha, assim como sua posição de desvantagem nas pesquisas.

Trump luta para se manter na Casa Branca depois de quatro tumultuados anos e intensificou seus ataques a Biden, que, de acordo com as pesquisas nacionais, lidera a preferência dos eleitores. O debate terá início a 1h GMT, com duração de 90 minutos, e será transmitido pelas principais emissoras e diversas plataformas, incluindo o YouTube.

Temendo se tornar presidente de um único mandato, Trump acentuou nos últimos dias seus ataques pessoais a Biden, questionando sua integridade e afirmando que sua família é uma "empresa criminosa".

Ele reiterou suas críticas à moderadora da rede NBC, Kristen Welker, acusando-a de ser uma "esquerdista democrata". Seu principal argumento é que os pais da jornalista são democratas ferrenhos. "Esta é, provavelmente, uma das maiores audiências que se possa conseguir antes da eleição", ressaltou Amy Dacey, do instituto de ciência política Sine.

Kyle Kondik, diretor do boletim político "Sabato's Crystal Ball", disse que o debate "representa uma das últimas oportunidades para mudar a trajetória da corrida eleitoral". Para evitar o caos do primeiro encontro, o microfone do candidato que não estiver falando ficará desligado. "Me parece muito injusto", comentou Trump ontem.

O debate previsto para 15 de outubro - transferido para um formato virtual depois do contágio do presidente por coronavírus - foi rejeitado por Trump e acabou não acontecendo.

- 'Não desta vez' -

Segundo a média de enquetes do site RealClearPolitics, Biden tem uma vantagem de 7,5 pontos percentuais em nível nacional sobre Trump - uma tendência decrescente - e mantém uma distância, ainda que menor, nos estados pendulares, onde a preferência dos eleitores oscila entre republicanos e democratas.

"Não podemos ser complacentes. Não me importo com as pesquisas", afirmou Obama, que teve dois mandatos consecutivos de 2009 a 2017. Primeiro presidente negro na história dos Estados Unidos, ele liderou um evento na Pensilvânia, um dos estados considerados fundamentais para a conquista da Casa Branca.

Obama insistiu com seus partidários em que há muito em jogo atualmente para se cogitar ter Trump por mais quatro anos na Casa Branca. "O restante de nós terá que viver com as consequências de quem já provou ser incapaz de exercer o cargo seriamente", ressaltou.

Nos Estados Unidos, a Covid-19 já matou 220.000 pessoas e atingiu severamente a economia da maior potência mundial, gerando críticas generalizadas sobre a forma como Trump gerenciou a pandemia.

Enquanto Obama fazia campanha na Pensilvânia, Trump estava na Carolina do Norte - outro estado de relevância eleitoral - procurando recuperar o entusiasmo que gerou ali há quatro anos.

Segundo uma pesquisa da Universidade Quinnipiac, Biden apresentou uma vantagem de 51-43 na Pensilvânia nesta quarta-feira. Trata-se de um estado que Trump venceu por pouco em 2016.

O atual presidente aparece atrás nas pesquisas nacionais, e outra pesquisa da Universidade Quinnipiac mostrou que os dois candidatos empataram com 47% no Texas, onde Trump venceu confortavelmente há quatro anos. Além disso, um democrata nunca venceu no Texas desde Jimmy Carter, em 1976.

Mais de 45 milhões de cidadãos já votaram, de acordo com a organização independente US Elections Project, número que equivale a 30% dos eleitores de 2016.

Trump votará na manhã de sábado na Flórida, sua residência oficial fora da Casa Branca, informou seu porta-voz Judd Deere nesta quinta-feira.


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