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Estado de Minas

Egito elege novo Parlamento fiel ao presidente Sisi


22/10/2020 10:55

Os egípcios elegem, neste fim de semana, seu novo Parlamento que, segundo os críticos, voltará a ser a mesma câmara "submissa" que saiu das eleições legislativas de 2015, neste país governado com pulso firme pelo presidente Abdel Fatah al-Sisi.

Os 63 milhões de eleitores deste país do norte da África estão convocados a designar 568 parlamentares dos 596 que integram a Câmara Baixa.

Os demais deputados serão designados por este ex-general que se tornou presidente e cujo governo silenciou nos últimos anos qualquer vislumbre de oposição política séria.

"O Parlamento tornou-se um instrumento dependente da autoridade do Executivo, sem uma verdadeira autoridade legislativa" afirma Hassan Nafaa, professor de Ciências Políticas na Universidade do Cairo.

Mas a campanha eleitoral é visível, com grandes faixas erguidas na capital e vídeos e jingles de candidatos divulgados nas redes.

Muitos dos que são agora candidatos disputaram as eleições há cinco anos, em um entorno político marcado pela presença de dezenas de partidos com pouco peso ou influência.

O Parlamento de 2015 foi o primeiro a tomar posse depois que o exército, liderado por Sisi, expulsou do poder o líder islâmico Mohamed Mursi, que enfrentou gigantescas manifestações um ano depois de tornar-se o primeiro presidente eleito democraticamente.

Sisi foi eleito em 2014 com 96,9% dos votos. O Parlamento criado em 2015 era totalmente aliado ao poder, exceto por um pequeno grupo opositor chamado "Bloco 25/30", que é muito minoritário.

- Segunda eleição -

Cerca de 4.000 candidatos se apresentam agora às eleições, a maioria deles apoiados pela coalizão pró-governo liderada pelo partido Mostakbal Watan, "Futuro da Nação".

Inclui importantes homens de negócios e figuras públicas. Desde 2014, é uma das forças dominantes do país.

Nesta semana, seu líder Abdelwahab Abdelrazek foi nomeado presidente do Senado.

Em agosto, o Egito realizou eleições para designar os 300 senadores da Câmara Alta - quase 100 são designados diretamente por Sisi -, mas a participação foi de apenas 14%.

Desse modo, a eleição de outubro é a segunda consulta feita no Egito sob a pandemia de covid-19, que infectou mais de 105.000 pessoas no país e provocou quase 6.200 mortes.

O Senado havia sido abolido após a destituição de Mursi, quando se chamava Conselho Consultivo. Foi restaurado com uma polêmica revisão constitucional em abril de 2019, amplamente adotada por referendo.


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