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Estado de Minas

Europa tenta se proteger contra segunda onda do coronavírus


22/10/2020 07:19

As medidas para frear a propagação do coronavírus são cada vez mais intensas na Europa, com um confinamento parcial na República Tcheca a partir desta quinta-feira, ao mesmo tempo que duas regiões italianas decretaram toque de recolher, a Irlanda voltou a aplicar o confinamento e a Alemanha registrou um recorde de novos casos.

A esperança de uma vacina eficaz foi abalada pela morte no Brasil de um voluntário que participava nos testes da vacina elaborada pela Universidade de Oxford contra a covid-19, anunciaram fontes oficiais na quarta-feira.

Esta foi a primeira morte de um voluntário que participava nos testes de um dos vários ensaios clínicos ao redor do mundo.

Mas Oxford assegurou que a fase 3 dos testes da vacina, desenvolvida em parceria com o laboratório AstraZeneca, vai prosseguir, após a conclusão de um comitê independente de que não acarreta riscos para a saúde dos voluntários.

O brasileiro morto, que segundo a imprensa era um médico de 28 anos, estava na linha de frente do combate à epidemia e teria falecido por complicações relacionadas com a covid-19. Formado no ano passado, o jovem médico trabalhava em dois hospitais do Rio de Janeiro.

Quase 20.000 voluntários participam nos testes da vacina, incluindo 8.000 pessoas no Brasil.

Diante da segunda onda do vírus, a Europa se fecha cada vez mais, como a República Tcheca, onde o governo limitou os deslocamentos de pessoas e decretou o fechamento de estabelecimentos comerciais - com exceção de lojas de alimentos e farmácias - e de serviços para frear a propagação do vírus. As medidas entram em vigor nesta quinta-feira e prosseguirão até 3 de novembro.

"O governo vai limitar os deslocamentos e os contatos com outras pessoas, com exceção das saídas para trabalhar, fazer compras e procurar médicos", anunciou na quarta-feira o ministro da Saúde e epidemiologista Roman Prymula.

Na terça-feira, os tchecos registraram o maior número de novos casos e de mortes por 100.000 habitantes em duas semanas.

- Toque de recolher em regiões da Itália -

A Lombardia, norte da Itália, adota a partir desta quinta-feira um toque de recolher das 23h00 às 5h00 durante as próximas três semanas.

Na região da Campania (sul), onde fica a cidade Nápoles, o presidente da região, Vincenzo De Luca, anunciou a proibição de sair de casa a partir de sexta-feira às 23H00, mas não revelou o horário final do toque de recolher nem o tempo de duração da medida.

A Itália registra desde sexta-feira um forte aumento de casos de covid-19, com mais de 10.000 infectados por dia. A Lombardia, onde fica Milão, é a região mais afetada do país, como aconteceu no início da pandemia, em fevereiro e março.

A situação também é cada vez mais grave na Alemanha, que superou pela primeira vez desde o início da pandemia mais de 10.000 casos em 24 horas (11.287), um recorde.

"A situação é globalmente muito grave", afirmou em uma entrevista coletiva Lothar Wieler, presidente do instituto de vigilância epidemiológica Robert Koch (RKI).

"O vírus pode estar se propagando sem controle em algumas áreas desde setembro", declarou Wieler, antes de explicar que os "jovens são atualmente os mais expostos ao vírus".

"Quanto mais pessoas são infectadas em círculos privados, mais o vírus se espalha para outros lugares", disse.

Na Irlanda, as medidas mais duras entrarão em vigor nesta quinta-feira, com um novo confinamento.

Com a esperança de "celebrar o Natal corretamente", nas palavras do primeiro-ministro Micheal Martin, os irlandeses terão que permanecer em casa durante seis semanas, mas as escolas permanecerão abertas.

As lojas não essenciais serão fechadas e os irlandeses só poderão sair de casa para praticar esporte em um raio de cinco quilômetros.

A situação também é grave na Espanha, o primeiro país da UE e o sexto do planeta a superar a marca de um milhão de contágios.

As autoridades espanholas adotaram novas restrições, com o fechamento parcial de algumas cidades e regiões.

- Polônia quer endurecer restrições -

A pandemia provocou ao menos 1.126.465 mortes no mundo desde o fim de dezembro, 254.300 delas na Europa, segundo um balanço da AFP; O número de infectados acumulados diagnosticados se aproxima de 41 milhões.

A lista de países com mais vítimas fatais é liderada pelos Estados Unidos (221.930), seguido por Brasil (155.403), Índia (115.914), México (86.993) e Reino Unido (43.967).

A Polônia também cogita endurecer as medidas, segundo o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki, que deseja ampliar as restrições que entraram em vigor na semana passada em quase metade do território, declarado "zona vermelha", ante o aumento de casos.

"Vou recomendar que a partir de sábado toda a Polônia seja considerada 'zona vermelha'", declarou Morawiecki.


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