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Estado de Minas

No Golã, o legado de Trump é uma colônia israelense


20/10/2020 10:25

Em uma planície nas Colinas do Golã aparecem, de repente, bandeiras americanas e israelenses e uma placa dourada que diz "Trump". Neste território sírio ocupado por Israel, o presidente dos Estados Unidos não construiu nenhum hotel de luxo, mas deu seu nome a uma colônia.

Durante seu primeiro mandato, Donald Trump provou ser um aliado precioso de Israel. Reconheceu a anexação do Golã, qualificou Jerusalém como capital de Israel, mediou os recentes acordos de normalização das relações entre Israel e Emirados e Bahrein e, nos últimos quatro anos, a expansão das colônias israelenses nos territórios palestinos registrou um recorde.

Por tudo isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que o atual presidente dos EUA é o "maior amigo" que Israel já teve. Uma das demonstrações tangíveis desse legado está nos confins do planalto do Golã ocupado, perto das fronteiras do Líbano e da Síria.

Para homenagear o presidente americano, que reconheceu a anexação realizada por Israel em 1981 de grande parte deste planalto estratégico, Netanyahu inaugurou em junho de 2019 a colônia "Trump Heights".

Na prática, esse lugar relativamente isolado já era uma colônia povoada no início dos anos 1990 por famílias judias que abandonaram a antiga União Soviética. Apenas cinco delas continuam por lá, com o objetivo de fazer sua comunidade renascer.

- Trump Heights -

Para novembro, é esperada a chegada de vinte novas famílias à colônia "Trump". Faltam apenas algumas semanas e as escavadoras trabalham sem descanso na área. E esse pode ser só o começo.

Segundo Shai Toni Yeheskel, responsável das Relações Exteriores no Conselho do Golã, um terreno fértil repleto de vinhas e pomares, o objetivo é acrescentar 20 famílias a cada ano na colônia durante a próxima década.

"Pela primeira vez em quase 30 anos, os moradores daqui têm esperança [...] Isso será o centro do Golã", afirmou.

Os habitantes da "Trump Heights", uma população bastante envelhecida e vivendo em casas frágeis e dilapidadas, convivem hoje com vários jovens que se preparam para ingressar no serviço militar.

"Nós os ajudamos, levamos as compras, conversamos com eles, cuidamos para que fiquem bem", explicou Ayelet Schwab, de 18 anos, residente em Efrat, uma colônia israelense na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967.

Atualmente vivem nas Colinas do Golã cerca de 25.000 colonos, junto com 23.000 drusos, dos quais a maioria se reivindica síria, embora tenham o status de residentes em Israel.


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