A polícia israelense informou ter detido várias pessoas que atacaram os manifestantes com gás lacrimogêneo durante os protestos contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu neste sábado (17) nas principais cidades do país.
Manifestações contra o primeiro-ministro têm ocorrido todos os sábados desde julho, inclusive em frente à sua residência oficial em Jerusalém, onde vários milhares de pessoas se reuniram neste sábado, de acordo com a imprensa israelense.
Benjamin Netanyahu enfrenta acusações de corrupção e críticas por como seu governo administrou a nova pandemia de coronavírus.
A polícia disse em um comunicado que deteve "suspeitos" em vários lugares, a quem acusou de disparar gás lacrimogêneo contra manifestantes.
A manifestação deste sábado foi a primeira desde que o governo decidiu na quinta-feira suspender as restrições que haviam sido aprovadas no âmbito do confinamento, e que proibiam manifestações a mais de um quilômetro de casa.
O confinamento, o segundo no país desde o início da pandemia, foi imposto em setembro devido ao ressurgimento das infecções.
Neste sábado, os manifestantes agitaram bandeiras nacionais e usaram máscaras com as palavras "ministro do crime".
À noite, eclodiram confrontos com manifestantes marchando por uma área não autorizada, bloqueando o tráfego e atacando as forças de segurança, disse a polícia em um comunicado, acrescentando que três pessoas foram presas.
Vários milhares de pessoas também estavam concentradas na cidade de Tel Aviv, muitas delas famílias, descobriu um fotógrafo da AFP.