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Estado de Minas

Desinformação sobre vacina contra gripe nos EUA afeta combate à covid-19


17/10/2020 15:19

Enquanto os Estados Unidos lutam contra a covid-19, a desinformação sobre a vacina contra a gripe se espalha.

As autoridades de saúde estão pressionando os americanos a se vacinarem contra a gripe para evitar um transbordamento durante o inverno nos hospitais, já ocupados com a luta contra a pandemia do coronavírus.

A desinformação nas redes sociais prejudica, porém, esse esforço.

Uma falsa afirmação que circula no Facebook e no Instagram indica que a vacina contra a gripe aumenta em 36% a probabilidade de se contrair covid-19. Também se afirma, falsamente, no Instagram, que a vacina Fluzone da Sanofi é 2,4 vezes mais letal do que a doença.

Um estudo em nível nacional da Universidade de Michigan descobriu que um em cada três pais planeja não vacinar seus filhos contra a gripe este ano. Apresentam essas alegações, ou mesmo que a vacina não é eficaz - o que também é falso.

"Os prestadores de atenção primária de saúde têm um papel muito importante a desempenhar nesta temporada de gripe", disse Sarah Clark, do Centro Médico de Pesquisa e Avaliação de Saúde Infantil de Michigan, que liderou o estudo.

"Eles precisam enviar para os pais uma mensagem clara e forte sobre a importância da vacina contra a gripe", ressaltou.

Em meio ao aumento dos casos diários de covid-19 e de níveis recordes em vários estados, informações falsas podem se tornar uma barreira para as pessoas irem se vacinar.

Jeanine Guidry, professora assistente da Virginia Commonwealth University que estuda mensagens de saúde nas redes sociais, disse que "há muita desinformação relacionada à covid-19 e realmente acho que se estende à gripe".

Amelia Jamison, pesquisadora de desinformação e estudante de doutorado na Universidade Johns Hopkins, concorda.

"A gripe está presa em algumas das narrativas que vemos sobre o coronavírus", apontou.

- Baixa vacinação em 2020 -

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), 49,2% da população foi vacinada contra a gripe na temporada 2018-2019.

Na atual estação, além da desinformação, as medidas para evitar a propagação da covid-19 resultaram em menos consultas presenciais com o médico, quando muitos pacientes costumam ser vacinados. Também não houve vacinação nas empresas, igrejas, ou escolas.

O alto índice de desemprego como resultado das medidas pandêmicas também deixou milhões de americanos sem seguro de saúde, o que significa que os estados terão de arcar com o custo da vacina para mais pacientes.

Embora a eficácia da vacina contra a gripe dependa do fato de a cepa em circulação ser a mesma da injeção, os CDCs afirmam que evita milhões de pessoas doentes a cada ano. A Academia Americana de Pediatria recomenda vacinar todas as crianças com mais de seis meses.

A especialista Danuta Skowronski, do Centro de Controle de Doenças da Colúmbia Britânica, no Canadá, afirma que "não encontramos nenhuma ligação em crianças, ou adultos, que tenham sido vacinados contra a gripe com o risco de coronavírus".


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