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Estado de Minas

Medidas drásticas na Inglaterra devido à pandemia, enquanto a China faz testes em massa


12/10/2020 19:31

Com os hospitais prestes a colapsar, a Inglaterra reforçou nesta segunda-feira (12) as suas medidas contra a pandemia do novo coronavírus, enquanto a China começou a fazer testes em massa para a covid-19 em uma cidade portuária de nove milhões de habitantes, após detectar um pequeno surto.

Diante do preocupante ressurgimento dos casos, principalmente na região noroeste do seu território, o governo britânico decidiu fechar os pubs em Liverpool e reativar três hospitais de campanha que tinham sido instalados no primeiro semestre e que depois ficaram inativos.

O primeiro-ministro Boris Johnson também apresentou um novo sistema de alerta que entrará em vigor a partir da quarta-feira, com zonas de risco "médio", "alto" e "muito alto", com o objetivo uniformizar o atual mosaico de restrições para a Inglaterra.

O restante do Reino Unido terá o poder de aplicar seus próprios protocolos.

"Não é assim que queremos viver, mas é o caminho estreito que devemos traçar entre os males socioeconômicos do confinamento geral e o custo econômico de uma epidemia fora de controle", ressaltou o primeiro-ministro conservador.

O número de pessoas hospitalizadas com a covid-19 na Inglaterra é maior agora do que quando a quarentena foi passou a valer no final de março.

Nas áreas mais afetadas, as operações de hospitais que não atendem diretamente casos da epidemia já estão sendo afetadas.

O número de mortos pelo novo coronavírus no Reino Unido é de mais de 42.800, o pior registro da Europa.

Em todo o mundo, mais de 37 milhões de pessoas foram infectadas e ao menos 1,07 milhão morreram, de acordo com a contagem da AFP com base em números oficiais.

- Testes em massa -

Ao contrário de muitas partes do mundo, onde ainda há confinamentos e um elevado número de casos, o vírus está amplamente sob controle na China, onde apareceu pela primeira vez em dezembro do ano passado.

Mas na cidade portuária de Qingdao, no nordeste da China e com 9,4 milhões de habitantes, seis casos de covid-19 foram confirmados no domingo (11), levando as autoridades a anunciar os primeiros testes em massa em meses.

Segundo as autoridades locais, todas as pessoas contaminadas parecem ter um vínculo com um hospital da cidade que trata pacientes da covid-19. Porém, ainda não se sabe a origem da contaminação até o momento.

A China tem grande capacidade para fazer testes rápidos e, ao meio-dia desta segunda-feira, a comissão de saúde disse que mais de 277 mil pessoas já haviam sido examinadas em Qingdao, com nove resultados positivos.

Em junho, grandes áreas da capital Pequim foram submetidas a testes massivos depois que a cidade de mais de 20 milhões de pessoas detectou casos ligados a um mercado de alimentos.

A economia do país voltou a crescer graças aos testes rápidos e aos confinamentos que conseguiram conter a segunda onda do vírus.

- Alerta máximo -

Em outras partes do mundo, o panorama é muito diferente.

Na França, duas cidades importantes - Toulouse e Montpellier - serão colocadas sob alerta máximo a partir da terça-feira.

O país vive "uma forte segunda onda" da epidemia e as medidas "não podem mais relaxar", afirmou o primeiro-ministro Jean Castex nesta segunda-feira, sem excluir a possibilidade de quarentenas localizadas, se necessário.

"Um confinamento geral", cujas "consequências são absolutamente dramáticas (...) devem ser evitadas a todo o custo", ressaltou.

Novos casos (mais de 16 mil nas últimas 24 horas) continuam aumentando, assim como as internações em unidades de terapia intensiva (1.483 pacientes no domingo, um recorde desde maio).

Na Espanha, duas regiões do norte, Catalunha e Navarra, anunciaram no domingo novas medidas para conter os contágios, enquanto Madri, a capital, é uma das cidades europeias com maior incidência da covid-19.

Por sua vez, a América Latina, região mais afetada pela pandemia no mundo, superou no sábado 10 milhões de casos de coronavírus e o Brasil ultrapassou 150 mil mortes.

Diante de uma pandemia dessa magnitude, a Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou inconcebível permitir que o vírus circule livremente na sociedade para que a população possa, como alguns sugeriram, desenvolver imunidade coletiva.

"Nunca na história da saúde pública a imunidade de grupo foi utilizada como estratégia de resposta a uma epidemia, muito menos a uma pandemia. É científica e eticamente problemática", explicou o diretor da instituição, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Não é uma opção", insistiu.

- Trump afirma ser "imune" -

Nos Estados Unidos - o país mais afetado do mundo com 7,7 milhões de infecções e 214 mil mortes - o presidente Donald Trump assegurou no domingo que está "imune" à covid-19, em um esforço para demonstrar sua força para lutar contra seu adversário democrata, Joe Biden, na reta final da campanha para as eleições de 3 de novembro.

Apesar das alegações de Trump, a questão da imunidade à covid-19 ainda não está clara.

Nesta segunda-feira, o médico da Casa Branca afirmou que o presidente americano testou negativo para covid-19 "em dias consecutivos" por meio de um teste rápido, dez dias depois de o presidente anunciar que havia testado positivo para a doença.

"Em resposta à sua pergunta sobre os testes da covid-19 mais recentes feitos pelo presidente, posso informar que o teste deu negativo, em dias consecutivos, usando (o teste) Abbott BinaxNOW", segundo Dr. Sean Conley, em documento divulgado pela Casa Branca.

Por outro lado, de acordo com um estudo da Agência Nacional de Ciências da Austrália, o coronavírus que causa a covid-19 pode sobreviver em superfícies como notas de dinheiro ou telefones celulares por até 28 dias com baixas temperaturas e no escuro.

Pesquisadores do centro para a prevenção de doenças CSIRO testaram a longevidade do SARS-CoV-2 no escuro sob três tipos de temperatura. As taxas de sobrevivência caem quando as temperaturas estão mais altas, anunciou a agência nesta segunda-feira.


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