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Estado de Minas

Atrás de Biden, Trump aposta em estados-chave


12/10/2020 17:49

O presidente Donald Trump inicia, nesta segunda-feira (12), uma maratona de comícios em quatro estados importantes, na esperança de recuperar o terreno perdido para seu rival democrata Joe Biden antes da eleição presidencial dos Estados Unidos em 3 de novembro.

Trump visita Flórida, Pensilvânia, Iowa e Carolina do Norte nos próximos dias, uma turnê exigente para o presidente americano de 74 anos, que diz estar "imune" à covid-19 dez dias após testar positivo para o coronavírus e interromper sua campanha à reeleição.

Na segunda-feira à noite, o compromisso de campanha será ao ar livre no aeroporto de Sanford, Flórida.

A assessora de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, colocada em quarentena depois de também testar positivo para covid-19, disse que os participantes seriam encorajados a usar máscaras e desinfetante para as mãos seria disponibilizado. Mas "em última análise, neste país você tem o direito de se apresentar e expressar seu ponto de vista político", disse à Fox.

Enquanto isso, Biden, que lidera Trump por dois dígitos na média nacional das pesquisas de acordo com o site RealClearPolitics, apresentará suas propostas econômicas em Ohio.

Em uma série de tuítes matinais, o candidato da oposição foi alvo do presidente, assim como seus colegas democratas e a imprensa.

"Tantas notícias falsas! A mídia enlouqueceu porque percebeu que estamos à frente nas pesquisas que importam", escreveu ele, sem especificar a que pesquisas se referia.

- "Totalmente negativo"-

Para seu retorno à arena eleitoral, Trump deverá tentar estimular sua base eleitoral, gabando-se de ter escolhido a juíza conservadora Amy Coney Barrett para preencher uma vaga na Suprema Corte.

O Senado, controlado pelos republicanos, iniciou nesta segunda-feira a audiência da juíza de 48 anos, cuja confirmação, praticamente garantida, vai inclinar a mais alta corte do país para o lado conservador nas próximas décadas.

"Parece que estou imune, não sei, talvez por muito tempo, talvez por pouco tempo, talvez por toda a vida. Ninguém sabe realmente, mas estou imune", disse o inquilino da Casa Branca no domingo.

"Vocês têm um presidente imune (...) Hoje vocês têm um presidente que não precisa se esconder em seu porão como seu adversário", acrescentou, referindo-se a Biden.

Trump chegou a afirmar, em uma mensagem de áudio para seus seguidores no domingo, que deu "totalmente negativo" para o vírus, uma declaração que não foi oficializada.

A questão da imunidade à covid-19 ainda não está clara, pois os especialistas não sabem exatamente quanto tempo ela dura ou o nível de proteção oferecido pelos anticorpos.

A afirmação sobre sua imunidade foi sinalizada pelo Twitter, por violar as regras da rede social sobre a divulgação de informações enganosas e potencialmente prejudiciais em relação à covid-19.

Em um momento em que o número de mortos no país se aproxima de 215.000, o presidente disse que a pandemia eventualmente "seguirá seu curso". E garantiu: "As vacinas e as curas estão chegando rápido!"

- Biden nos estados-chave -

O magnata nova-iorquino, que constantemente apresenta Biden, de 77 anos, como um fantoche manipulado pela ala esquerda de seu partido, também deu a entender que seu rival pode estar doente.

A equipe de campanha de Biden publica os resultados dos testes que o candidato faz diariamente. Até agora, todos os testes foram negativos.

Em contraste, há menos transparência em torno do presidente americano, já que sua equipe médica se recusa a dizer quando Trump deu negativo pela última vez.

Essa postura alimenta as suspeitas de que ele não se submetia a um teste havia vários dias antes de anunciar, em 1º de outubro, que havia contraído o novo coronavírus.

Enquanto Trump se esforça para avançar, Biden está quase 10 pontos, em média, à frente de Trump nas pesquisas nacionais, e também consolidou sua vantagem em intenção de voto nos estados decisivos para a eleição.

Isso inclui os quatro estados que o presidente visitará esta semana, e que ele havia vencido em 2016 contra Hillary Clinton.

O democrata lidera por uma pequena margem em Iowa e Carolina do Norte, de acordo com o RealClearPolitics, mas lidera por vantagens mais substanciais na Flórida e na Pensilvânia, com 3,7 pontos percentuais e 7,1, respectivamente.

Referindo-se à visita de Trump à Flórida em um comunicado, Biden advertiu que o presidente carregará uma "retórica divisionista", tão perigosa quanto o que não levará: um "plano para controlar este vírus que ceifou a vida de mais de 15.000" americanos na Flórida.

"Já ajudei este país a se recuperar antes e meu compromisso com todos os moradores da Flórida é reconstruir melhor este país", acrescentou.


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