(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

UE aprova sanções contra a Rússia por caso Navalny e contra Lukashenko


12/10/2020 11:25

Os chanceleres da União Europeia alcançaram, nesta segunda-feira (12), acordos políticos para a adoção de sanções contra o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, e autoridades russas pelo envenenamento do opositor Alexei Navalny.

Durante uma reunião em Luxemburgo, os ministros das Relações Exteriores europeus negociaram a unanimidade necessária para a aplicação das sanções.

No caso de Belarus, a UE já havia adotado sanções contra 40 autoridades pela manipulação das eleições de 9 de agosto e pela repressão brutal aos protestos da oposição que se seguiram.

Pelo acordo político desta segunda-feira, os chanceleres vão ampliar essa lista de sancionados para adicionar Lukashenko.

"De acordo com a abordagem progressiva que foi adotada, a UE está pronta para tomar outras medidas restritivas, especialmente contra entidades e funcionários do alto escalão, incluindo Alexander Lukashenko", afirmaram os ministros das Relações Exteriores da UE após uma reunião em Luxemburgo.

As sanções consistem na "proibição de viajar para a UE e no congelamento de bens" contra pessoas consideradas responsáveis pela manipulação das eleições de 9 de agosto e pela repressão aos protestos que se seguiram.

Pouco antes dessa declaração, duas fontes diplomáticas haviam assegurado à AFP que os chanceleres haviam chegado a um acordo para obter a unanimidade necessária para a aplicação das sanções.

"Membros da família do presidente também serão sancionados", disseram as fontes diplomáticas.

Fontes próximas às negociações em Luxemburgo garantiram que não havia objeções à proposta de ampliar a lista de sancionados para incluir Lukashenko.

Em sua última cúpula, realizada em Bruxelas, os líderes da UE se abstiveram de punir Lukashenko diretamente, na esperança de persuadi-lo a dialogar com as forças da oposição para resolver a crise.

No entanto, no último domingo, a polícia bielorrussa voltou a dispersar violentamente um protesto na capital, Minsk, e com isso a pressão aumentou novamente.

A UE não reconhece o resultado das eleições de agosto e não considera Lukashenko o presidente legítimo de Belarus.

- Pressão sobre Moscou -

Da mesma forma, os ministros chegaram a um acordo para aplicar sanções às autoridades russas pelo chamado "caso Navalny".

Crítico do governo de Vladimir Putin, Navalny, de 44 anos, adoeceu em 20 de agosto quando viajava em um avião na Sibéria, em plena campanha em nome de opositores para as eleições locais e regionais.

Depois de ser tratado por alguns dias em um hospital siberiano, ele foi transferido para um centro especializado em Berlim e continua sua convalescença na capital alemã.

O opositor russo acusou Putin diretamente de estar por trás de seu envenenamento, uma acusação rejeitada por Moscou, que a considera "inaceitável".

A adoção de sanções contra autoridades russas - cujos detalhes ainda serão negociados - foi vigorosamente promovida pelos governos da França e da Alemanha, que criticam a ausência de uma "explicação crível" para o ocorrido.

Em um comunicado conjunto divulgado na quarta-feira passada, os ministros das Relações Exteriores dos dois países disseram que "nenhuma explicação confiável foi fornecida (por enquanto) pela Rússia".

Portanto, concluíram que não havia outra explicação plausível para o envenenamento de Navalny do que uma "responsabilidade e participação russa".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)