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Estado de Minas

UE está pronta para sancionar o líder bielorrusso Lukashenko


12/10/2020 09:55

A União Europeia anunciou, nesta segunda-feira (12), que está pronta para aplicar sanções ao presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, após um novo dia de repressão violenta às manifestações da oposição.

"De acordo com a abordagem progressiva que foi adotada, a UE está pronta para tomar outras medidas restritivas, especialmente contra entidades e funcionários do alto escalão, incluindo Alexander Lukashenko", afirmaram os ministros das Relações Exteriores da UE após uma reunião em Luxemburgo.

As sanções consistem na "proibição de viajar para a UE e no congelamento de bens" contra pessoas consideradas responsáveis pela manipulação das eleições de 9 de agosto e pela repressão aos protestos que se seguiram.

Pouco antes dessa declaração, duas fontes diplomáticas haviam assegurado à AFP que os chanceleres haviam chegado a um acordo para obter a unanimidade necessária para a aplicação das sanções.

"Membros da família do presidente também serão sancionados", disseram as fontes diplomáticas.

Assim, Lukashenko será adicionado à lista de 40 altos funcionários bielorrussos que já foram sancionados pela UE.

Fontes próximas às negociações em Luxemburgo garantiram que não havia objeções à proposta de ampliar a lista de sancionados para incluir Lukashenko.

Em sua última cúpula, realizada em Bruxelas, os líderes da UE se abstiveram de punir Lukashenko diretamente, na esperança de persuadi-lo a dialogar com as forças da oposição para resolver a crise.

No entanto, no último domingo, a polícia bielorrussa voltou a dispersar violentamente um protesto na capital, Minsk, e com isso a pressão aumentou novamente.

Quando o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, chegou a Luxemburgo nesta segunda-feira, ele pediu publicamente sanções contra o chefe de Estado bielorrusso.

"A violência continua, perpetrada pelo regime de Lukashenko; ainda há prisões de manifestantes pacíficos, por isso devemos considerar como proceder", disse o ministro das Relações Exteriores alemão.

"Sugeri que estabeleçamos um novo pacote de sanções. E Lukashenko deve estar entre as pessoas que serão sancionadas", acrescentou.

A UE não reconhece o resultado das eleições de agosto e não considera Lukashenko o presidente legítimo de Belarus.

Depois de obter a luz verde política dos ministros das Relações Exteriores, os serviços jurídicos da UE irão processar as novas listas de sanções em detalhe antes de entrarem em vigor.

Vários países da UE já convocaram seus embaixadores em Minsk para consultas, um gesto diplomático considerado muito sério.

Essas convocações também foram vistas como um gesto de solidariedade para com a Polônia e a Lituânia, dois países que foram obrigados a reduzir o número de funcionários diplomáticos na capital bielorrussa.

Os ministros também iniciaram conversas sobre a eventual adoção de sanções contra a Rússia, pelo envenenamento do líder da oposição Alexei Navalny. "Apresentamos uma proposta junto com a França", disse Haas.


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