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Estado de Minas

Treze homens são detidos por planejar sequestro de governadora e incitar guerra civil


08/10/2020 19:55

Treze homens, inclusive membros de uma milícia de direita, foram detidos nos Estados Unidos por planejar o sequestro da governadora democrata do Michigan (norte), Gretchen Whitmer, ferrenha opositora do presidente Donald Trump, e de incitar uma "guerra civil", informaram autoridades nesta quinta-feira (8).

Whitmer, que esteve entre as favoritas para integrar a chapa presidencial democrata com Joe Biden, adversário de Donald Trump nas eleições de 3 de novembro, agradeceu à polícia por frustrar o complô de sequestro e repreendeu o presidente por não condenar grupos de ódio.

Ao anunciar a detenção, a procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel, descreveu a conspiração para sequestrar Whitmer, de 49 anos, como uma "ameaça séria e crível".

Andrew Birge, promotor federal do distrito oeste de Michigan, disse que seis homens respondem a crimes federais por conspirar para sequestrar a governadora em sua casa de veraneio, situada no estado do norte dos Estados Unidos.

Segundo o funcionário, os homens vigiaram a casa dela e chegaram a testar um artefato explosivo improvisado, que pretendiam usar para despistar a polícia.

Foram detidos por agentes do FBI e da polícia de Michigan na quarta-feira, quando se reuniram para "arrecadar fundos para explosivos e trocar equipamento tático", disse o Departamento de Justiça.

Whitmer foi repetidamente atacada por Trump este ano por impor um duro confinamento para conter o coronavírus, e grupos armados de direita organizaram protestos na capital do estado, Lansig, contra suas ordens para que as pessoas ficassem em casa.

"LIBERTEM MICHIGAN!", escreveu Trump em um tuíte postado em abril.

Whitmer disse que nunca imaginou que algo do tipo poderia acontecer. "Não somos inimigos entre nós. Este vírus é o nosso inimigo", afirmou.

A governadora refutou a negativa de Trump, durante o debate com Biden na semana passada, de condenar os supremacistas brancos e os "grupos de ódio", como as duas milícias de Michigan suspeitas de planejar seu sequestro.

"Recuem e esperem, disse-lhes (Trump)", lembrou Whitmer.

"Quando nossos líderes se reúnem, incentivam ou confraternizam com terroristas nacionais, legitimam suas ações, são cúmplices", afirmou.

Biden, que lidera as pesquisas de intenção de voto, também condenou Trump.

"As palavras que profere são importantes", disse o candidato, durante evento de campanha, questionando o presidente por não ter dito "parem" e prometer perseguir os supremacistas brancos.

- "Destituição violenta" -

A procuradora-geral de Michican disse que além dos seis homens detidos por planejar o sequestro da governadora, sete membros de um grupo de milícias chamado Wolverine Watchmen enfrentavam acusações estaduais.

Suspeita-se que tentassem identificar os endereços das casas dos agentes de ordem para investir contra eles para "instigar uma guerra civil", disse Nessel.

Também planejavam atacar o prédio do Congresso em Lansing e sequestrar funcionários do governo, além de Whitmer, disse.

Os sete foram acusados de vários crimes relacionados com atos terroristas e pertencerem a gangues.

O FBI informou que soube através das redes sociais, no começo de 2020, "que um grupo de pessoas estava discutindo a destituição violenta de certas figuras governamentais e policiais".

Um informante confidencial assistiu a uma reunião em junho com cerca de 14 pessoas, acrescentou o FBI, na qual o grupo "falou da criação de uma sociedade que seguisse a Declaração de Direitos dos Estados Unidos e onde pudessem ser autossuficientes".

"Discutiram diferentes formas de alcançar este objetivo, de esforços pacíficos a ações violentas", segundo documentos judiciais que mostram que "vários membros falaram de assassinar 'tiranos'".

Os seis homens acusados de conspirar para sequestrar Whitmer foram identificados como Adam Fox, Barry Croft, Ty Garbin, Kaleb Franks, Daniel Harris e Brandon Caserta.

Croft é residente em Delaware, enquanto os outros cinco moram em Michigan.


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