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Estado de Minas

Furacão Delta atinge costa mexicana com fortes ventos e chuvas


07/10/2020 18:55

Fortes rajadas de vento, ruas inundadas, árvores e postes caídos deixava o furacão Delta na cidade de Cancún, após atingir, nesta quarta-feira, a costa caribenha mexicana, sem deixar vítimas.

Grande parte de Cancún e dos balneários vizinhos de Playa del Carmen e Cozumel permaneciam sem energia elétrica, depois que o ciclone atingiu, de madrugada, a península de Yucatán, rebaixado à categoria dois.

O olho do furacão se localizava à tarde no Golfo do México, cerca de 45km a nordeste de Dzilam e 110 km a nordeste de Progreso, no estado de Yucatán, segundo a Comissão Nacional da Água (Conagua). "Não temos notificação de nenhuma morte", informou mais cedo o coordenador da Defesa Civil Luis Alberto Ortega.

O vento sacudia árvores, muitas das quais acabaram no chão, assim como postes, fiação elétrica, placas de trânsito e outdoors. "O furacão chegou com força", disse o segurança de um estacionamento. A intensidade dos ventos diminuía esta tarde, e eles eram acompanhados de uma leve chuva intermitente.

Com ventos de até 175 km/h, o ciclone entrou pela Península de Yucatán, perto da cidade de Puerto Morelos, entre os balneários turísticos de Cancún e Playa del Carmen, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC), com sede em Miami. De acordo com o NHC, já sobre o Golfo, a velocidade dos ventos havia caído para 155 km/h.

- Férias arruinadas -

Militares e funcionários da Defesa Civil recolhiam troncos de árvores e outros destroços. A população ajudava a desbloquear vias. No total, foram mobilizados 6,5 mil militares em Yucatán e Quintana Roo para auxiliar as comunidades afetadas. Além destas regiões, as chuvas se estendiam aos estados vizinhos de Campeche e Tabasco, segundo autoridades.

Cerca de 41.000 turistas foram evacuados de seus hotéis na terça-feira para refúgios nos balneários de Cancún, Puerto Morelos e Isla Mujeres, segundo Roberto Cintrón, presidente da associação hoteleira local. Destes, 85% são mexicanos e o restante estrangeiros, principalmente americanos.

"Estávamos com 35% de nossa capacidade. Para prevenir o contágio da covid-19, nos refúgios foram tomadas as mesmas medidas que nos hotéis, como uso de álcool em gel e máscaras", acrescentou Cintrón.

Em Cancún, principal destino turístico do México, mais de 160 albergues foram habilitados. "Foi horrível, sentia que, a qualquer momento, uma janela seria arrancada", contou à AFP a turista Patricia Escamilla, 54, em um abrigo.

"Não conseguimos fazer muito. Viemos para relaxar um pouco, com toda essa questão do coronavírus, e estar em locais abertos", comentou ontem Jonathan Rogers, 30, no hotel Aquamarina Beach. Ele viajou com familiares da Cidade do México, após meses de confinamento.

- Recorde de ciclones -

Durante boa parte do dia, as ruas de Cancún ficaram desertas. Algumas lojas reabriram, após permanecerem fechadas desde a tarde de ontem, quando também foram suspensas as operações nos aeroportos de Cancún e Cozumel.

No fim de semana, a tempestade tropical Gamma e outra frente fria provocaram intensas chuvas em grande parte da região, com um saldo de seis mortos e cerca de 600.000 afetados no sul e sudeste do México. Esta situação representa um novo golpe para o Caribe mexicano, principal destino turístico do México, que observou uma queda dramática na chegada de visitantes devido à pandemia.

O turismo representa mais de 8% do PIB do México, o quarto país do mundo mais enlutado pelo coronavírus com 82.348 mortes e 794.608 casos confirmados.

Os balneários do Caribe mexicano não são atingidos por um grande furacão desde 2005, quando o Wilma, de categoria 4, chegou à terra também em outubro. Porém, devido ao seu deslocamento lento, ficou praticamente parado por quase 72 horas entre Cozumel e Cancún.

Os moradores de Cancún se abasteceram com alimentos, água potável e tábuas de madeira, além de reunirem documentos importantes para sua proteção.

O Delta é a 26ª tormenta da atual temporada no Atlântico, em que vários recordes foram quebrados. A lista de nomes previstos para os ciclones se esgotou e os meteorologistas passaram a identificá-los com o alfabeto grego.


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