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Estado de Minas

Trump 'continua melhorando' e pode ter alta na segunda-feira


04/10/2020 16:25

O presidente americano, Donald Trump, "continua melhorando" e pode ter alta na segunda-feira, disseram neste domingo (4) seus médicos, depois de boletins contraditórios sobre seu estado de saúde, após sua hospitalização na sexta-feira por covid-19.

A equipe médica do presidente informou que seus níveis de oxigênio tinham baixado duas vezes nos últimos dias e que está sendo tratado com esteroides, mas deu uma avaliação otimista de seu estado de saúde e das perspectivas do mandatário de 74 anos.

"Desde que falamos pela última vez (no sábado), o presidente continua melhorando. Como ocorre com qualquer doença, há altos e baixos frequentes em seu curso", disse o médico de Trump, Sean Conley.

O presidente continuou trabalhando, apesar de sua internação no hospital militar Walter Reed, na periferia de Washington, fez telefonemas e tuitou no centro médico.

Conley disse que o presidente tinha sido transferido para o hospital na sexta-feira depois de um "rápido avanço" da covid-19, com seus níveis de oxigênio baixos. Ele chegou a receber oxigênio antes de ser hospitalizado.

Brian Garibaldi, outro dos médicos de Trump, disse que o presidente chegou a se colocar "de pé e caminhando".

"Se continuar se sentindo e aparentando estar tão bem quanto hoje, temos esperança de poder lhe dar alta já amanhã (segunda-feira) para que possa continuar com o tratamento na Casa Branca", disse o médico.

Na noite de sábado, a equipe médica havia dito que o presidente não estava fora de perigo, apesar de se manifestar "cautelosamente otimista", depois de declarações do chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, que mostrou preocupação com a saúde de Trump, provocando confusão.

Nesse mesmo dia, o mandatário divulgou no Twitter um vídeo no qual disse se sentir "muito melhor" e destacou que voltaria "em breve".

Entre a noite de sábado e o domingo de manhã, Trump falou por telefone com várias pessoas, entre elas seu vice-diretor de campanha Jason Miller, faltando apenas um mês para as eleições de 3 de novembro.

Seu filho, Eric Trump, também disse ter falado com o pai: "Falamos sobre o novo plano de recuperação econômica", contou. "Não pensei que estaria com ânimo para uma conversa".

O assessor de segurança nacional, Robert O'Brien, também destacou o ânimo de Trump e disse à CBS que qualquer discussão sobre uma possível transferência de poder ao vice-presidente Mike Pence "não é algo que esteja sobre a mesa".

Segundo ele, Trump pediu para transmitir que, apesar de estar hospitalizado, está ativo, "firmemente no controle".

Ainda persistem dúvidas sobre o momento do contágio e se poderia ter exposto dezenas de pessoas à covid-19.

Uma linha do tempo fornecida pelos assessores e médicos de Trump sugeriu que ele se reuniu com mais de 30 doadores de campanha na quinta-feira em Nova Jersey, inclusive depois de saber que sua assistente próxima, Hope Hicks, tinha testado positivo, apenas horas antes de anunciada sua própria infecção.

A esposa de Trump, Melania, também está com o novo coronavírus, mas sem sintomas graves.

- Aprovação em baixa -

Uma pesquisa, realizada dois dias depois do debate presidencial com seu adversário, o democrata Joe Biden, na terça-feira, e antes da notícia da doença de Trump, mostrou que seu índice de adesão estava no ponto mais baixo do ano.

A consulta do Wall Street Journal/NBC deu a Biden uma vantagem de 53% contra 39% entre os eleitores registrados.

A hospitalização de Trump gerou simpatia generalizada, mas muitos consideram que ele está pagando o preço por desdenhar da gravidade da doença.

Miller disse no domingo que Trump pediu para transmitir aos americanos a importância de usar máscaras e tomar precauções.

Diante disso, a presidente da Câmera de Representantes, Nancy Pelosi, disse à CBS que "não se pode simplesmente dizer que temos que fazer algo, mas deixar o vírus circular livremente. Agora, circula livremente até na Casa Branca".

Os médicos tratam Trump com dexametasona, um medicamento da família dos corticosteroides, eficaz contra formas graves de covid-19, além do antiviral remdesivir e o coquetel experimental da empresa Regeneron. Mas a equipe média não deu detalhes sobre o estado dos pulmões de Trump.

- Pence, em campanha -

A polêmica sobre a falta de precauções na Casa Branca e na família Trump com o coronavírus cresceu no domingo, mas também sobre a decisão de que o vice-presidente continue fazendo campanha. É ele quem assumiria as rédeas do governo em caso de incapacidade de Trump.

Pence esteve perto de alguns infectados, mas testou negativo para o novo coronavírus. E tem diante de si uma agenda apertada.

Várias perguntas alimentam as controvérsias. Quando o presidente se contaminou? Por que os organizadores do debate de terça-feira em Cleveland deixaram que toda a família Trump comparecesse sem máscaras?

A política de prevenção do Executivo se baseou totalmente em testes, um erro denunciado por especialistas durante meses.

A campanha de Biden, que fará um novo exame de covid-19 neste domingo, diz que a doença do presidente apoia a decisão do democrata de liderar uma campanha limitada, com um forte componente virtual.

Os Estados Unidos somam quase 210.000 mortos pelo novo coronavírus.


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