O governo peruano suavizou as medidas de confinamento para idosos, permitindo caminhadas curtas e próximas de suas residências, e suspendeu a quarentena concentrada em algumas províncias, em meio a um certo otimismo pela melhora dos números da pandemia.
Um decreto executivo emitido neste sábado estabelece que "as pessoas em grupos de risco, como adultos idosos e os que apresentam comorbidades, poderão fazer caminhadas" com restrições.
Poderão ser realizadas a "uma distância não superior a 500 metros com relação a seu domicílio, em espaços abertos e sem aglomerações" e com uma circulação "limitada ao máximo de 60 minutos de duração, 3 vezes por semana, e de preferência, pelas manhãs".
Determina-se que "os adultos maiores dependentes ou com deficiência sairão acompanhados de uma pessoa responsável por seu cuidado".
As pessoas idosas, assim como as crianças, têm sido os grupos submetidas às maiores restrições durante o confinamento social obrigatório.
Outra medida oficializada neste sábado foi a suspensão da quarentena concentrada nas províncias de Abancay, Huánuco e Huamanga, como havia informado durante a semana o presidente Martín Vizcarra.
Nestas três províncias, nas quais será mantido um toque de recolher dominical, vivem quase 700.000 pessoas. No restante do país, o confinamento foi suspenso em 30 de junho.
Com 33 milhões de habitantes, o Peru é o terceiro país da América Latina em número de mortos na pandemia (32.609), depois de Brasil e México. Também é o terceiro em contágios (821.564), detrás de Brasil e Colômbia.
Mas tem a mais alta taxa de mortalidade do planeta, com 101,71 mortos por 100.000 habitantes, segundo um ranking da Universidade Johns Hopkins dos Estados Unidos, referência em dados sobre a covid-19.