(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Covid-19 atinge Trump e deixa Madri sob restrições de mobilidade


02/10/2020 20:31

O novo coronavírus alcançou nesta sexta-feira o mais notório dos seus céticos, o presidente americano Donald Trump, enquanto Madri está sob restrita mobilidade.

O próprio presidente, de 74 anos, comunicou mais cedo em uma mensagem no Twitter que ele e sua esposa, Melania, de 50, estão infectados, a um mês das eleições presidenciais no país.

"Esta noite, a primeira-dama e eu testamos positivo para covid-19. Nós vamos começar imediatamente nosso processo de quarentena e de recuperação. Nós vamos superar isto JUNTOS!", escreveu o presidente no Twitter.

No final do dia, voltou a falar sobre sua situação em breve mensagem de vídeo publicado na rede social, antes de embarcar em um helicóptero rumo a um hospital nos arredores de Washington.

"Quero agradecer a todos pelo tremendo apoio", disse Trump em seu primeiro comentário público desde que anunciou ter contraído a covid-19.

"Vou ao hospital Walter Reed. Acho que estou muito bem. Mas vamos nos assegurar de que tudo correrá bem", explicou, afirmando que a esposa Melania, que também testou positivo, está "muito bem".

Mais cedo, o médico da Casa Branca, Sean Conley, afirmou que o presidente estava "cansado", mas de "bom humor", e recebeu uma dose de um tratamento experimental com um coquetel sintético de anticorpos.

Conley acrescentou que o republicano "está sendo avaliado por uma equipe de especialistas que juntos farão recomendações sobre os próximos passos a serem seguidos pelo presidente e pela primeira-dama", que por sua vez relatou se sentir "bem" e estar confiante sobre uma "recuperação rápida".

A equipe próxima ao presidente foi submetida a testes, que no caso de vice-presidente Mike Pence e seu filho Barron tiveram resultados negativos.

O candidato democrata Joe Biden - que mais cedo desejou a Trump uma recuperação rápida e esteve com ele na terça-feira passada durante o debate presidencial - também testou negativo para a covid-19.

Ironicamente, Trump, que zombou do oponente por seus cuidados frente ao novo coronavírus, está em quarentena na Casa Branca. Já Biden, que aparece com vantagem nas pesquisas, segue em campanha para as eleições de 3 de novembro.

Uma das questões que mais afetam os resultados de Trump nas pesquisas é sua forma de gerenciar a pandemia.

No início, minimizava publicamente o vírus e sempre se opôs às medidas restritivas para conter a sua propagação, para evitar prejudicar a economia.

No final das contas, os Estados Unidos são o país com o maior número de vítimas no mundo, registrando mais de 207.000 mortos. Ou seja, reúne um quinto das mortes no mundo pela covid-19.

Antes de Trump, outros presidentes foram afetados pela doença, como o presidente brasileiro Jair Bolsonaro, o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, o presidente hondurenho Juan Orlando Hernández, a boliviana Jeanine Añez Áñez e o guatemalteco Alejandro Giammattei.

- Madri fechada -

Na Europa, que registra mais de 233.099 mortes e 5,5 milhões de casos, o aumento de novos casos obriga países como França e Espanha a aumentarem as restrições.

Assim, a população de Madri foi submetida nesta sexta-feira a novas restrições de mobilidade, medida que enfrentou a resistência das autoridades locais e de difícil aplicação em uma cidade de mais de 4,5 milhões de habitantes.

"Obrigada pelo caos, Pedro Sánchez", escreveu no Twitter Isabel Diaz Ayuso, presidente regional de Madri.

De Bruxelas, o presidente do governo espanhol observou o "momento de extrema gravidade" pelo qual passa a capital do país.

O confinamento afeta a capital espanhola e nove localidades vizinhas e teve início às 22h locais, "por um período inicial de 14 dias, podendo ser prorrogado" em função da evolução da epidemia, assinala o boletim oficial de Madri, que acatou uma ordem do Ministério da Saúde.

Os cidadãos das zonas afetadas apenas poderão sair para as regiões vizinhas para trabalhar, ir ao médico ou levar as crianças ao colégio.

De qualquer forma, poderão circular livremente dentro dos seus municípios e não ficarão confinados em suas casas, como aconteceu no primeiro semestre.

A Espanha, que já registra 31.800 mortes desde o início da pandemia, é hoje o país da União Europeia com o maior incidência do vírus, com 284 casos a cada 100.000 habitantes, número que em Madri chega a 735.

Na França, onde o número total de mortos ultrapassou os 32.000 na última quinta-feira, as autoridades de saúde anunciaram que a capital francesa está prestes a entrar no nível de "alerta máximo" a partir de segunda-feira.

Ou seja, os bares devem ser fechados e as reuniões sociais serão severamente restringidas.

- Desafio para a pandemia -

Em todo o mundo, mais de 34 milhões de pessoas já tiveram o novo coronavírus, de acordo com dados da AFP que levam em consideração fontes oficiais, embora o número real de infectados e mortos seja, sem dúvida, muito maior.

A América Latina e o Caribe são atualmente a região mais atingida, com mais de 349.000 mortos e 9,4 milhões de casos.

Na quinta-feira, cerca de 3.000 migrantes hondurenhos que estão em fuga da pobreza e da violência entraram em caravana na Guatemala, em uma perigosa viagem que ignora as restrições em vigor por causa da pandemia do novo coronavírus. Eles têm a intenção de chegar aos Estados Unidos.

O presidente da Guatemala, Alejandro Giammattei, ordenou a prisão do grupo por terem entrado ilegalmente no país e por colocarem em risco a saúde dos guatemaltecos. Até o momento, no entanto, não houve nenhuma operação policial.

Desses, cerca de 300 migrantes decidiram retornar a Honduras, enquanto os demais continuam sua jornada, de forma dispersa, em direção à fronteira com o México.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)