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Putin denuncia "pressões externas sem precedentes" sobre Belarus


29/09/2020 07:19

O presidente russo Vladimir Putin denunciou nesta terça-feira "pressões externas sem precedentes" sobre Belarus, país abalado por grandes protestos contra o presidente Alexander Lukashenko após sua polêmica reeleição em agosto.

"Belarus está em uma situação difícil, com pressões externas sem precedentes desde as eleições presidenciais", declarou Putin em um vídeo destinado aos participantes de um fórum Rússia-Belarus.

Os resultados das eleições bielorrussas não foram reconhecidos pela União Europeia (UE) e Estados Unidos.

Desde o início de agosto, Belarus é cenário de um grande movimento de protesto contra a reeleição considerada fraudulenta do presidente Alexander Lukashenko, que está no poder desde 1994.

Lukashenko se nega a dialogar com a oposição. As manifestações contra o governo, que no domingo passado reuniram 100.000 pessoas, já provocaram centenas de detenções.

Lukashenko pediu ajuda a Vladimir Putin, que prometeu apoio na área de segurança se necessário, e garantiu a Belarus um empréstimo de 1,5 bilhão de dólares.

"As relações entre Rússia e Belarus são mais fortes que o tempo e as circunstâncias e têm um fundamento sólido", disse Putin nesta terça-feira.

A líder da oposição bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya, que está no exílio em Vilnius (Lituânia), se reuniu nesta terça-feira com o presidente francês Emmanuel Macron.

O chefe de Estado da França prometeu ajudar na mediação da crise política em Belarus durante o encontro com Tikhanovskaya, que anunciou que pronunciará um discurso ao Parlamento francês.

"Faremos todo o possível como europeus para ajudar na mediação", disse Macron aos jornalistas após a reunião, que foi adicionada na última hora ao programa de sua visita à Lituânia.

Macron destacou que deseja o "retorno da mediação da OSCE (Organização para a Segurança na Europa) para avançar" a uma solução.

Tikhanovskaya informou à AFP que pronunciará um discurso ao Parlamento francês. "Recebemos um convite e aceitamos", declarou.

Também afirmou que Macron "prometeu fazer todo o possível para ajudar na mediação da crise política" em Belarus.

O encontro foi o mais importante mantido até agora por Tikhanovskaya, que reivindica a vitória nas eleições presidenciais de 9 de agosto, nas quais Lukashenko proclamou triunfo com 80% dos votos. O resultado polêmico provocou grandes manifestações nas ruas, reprimidas com violência.

Tikhanovskaya já havia se reunido com os ministros das Relações Exteriores da UE e os líderes da Polônia e Lituânia, dois Estados vizinhos de Belarus que apoiam a oposição ao governo de Lukashenko.


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