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Estado de Minas DOENÇA

Primeira pessoa curada do HIV está morrendo de leucemia, diz o parceiro

Americano descobriu que estava com Aids em 1995 e 11 anos depois foi diagnosticado com câncer. Em 2008, foi declarado livre das duas doenças


25/09/2020 18:31 - atualizado 25/09/2020 20:01

Timothy foi primeira pessoa a ser curada do HIV no mundo(foto: Brendan Smilalowski/AFP)
Timothy foi primeira pessoa a ser curada do HIV no mundo (foto: Brendan Smilalowski/AFP)

Timothy Ray Brown, o norte-americano conhecido como "o paciente de Berlim" que em 2008 se tornou a primeira pessoa a ser curada do HIV, está com câncer terminal, de acordo com seu parceiro.

 

"Timothy não está morrendo de HIV, só para ficar claro", disse seu parceiro Tim Hoeffgen ao ativista e escritor Mark King, que publicou um post em um blog sobre o assunto na terça-feira (22).

"O HIV não foi encontrado em sua corrente sanguínea desde que ele foi curado. Isso se foi. É da leucemia. Deus, eu odeio câncer", acrescentou Hoeffgen.


King disse à AFP que havia contatado o casal por telefone no sábado passado. Brown, 54 anos, está recebendo cuidados paliativos em sua casa em Palm Springs, Califórnia. "Vou continuar lutando até não poder mais lutar", disse Brown a King.

Esperança para pacientes com Aids


Brown fez história na medicina e se tornou a personificação da esperança para dezenas de milhões de pessoas que viviam com o vírus que causa a Aids quando foi curado, há mais de uma década.

 


Ele estava estudando em Berlim em 1995 quando soube que havia sido infectado. Então, em 2006, foi diagnosticado com leucemia, ou câncer que afeta o sangue e a medula óssea.


Para tratar a leucemia, seu médico da Universidade Livre de Berlim usou um transplante de células-tronco de um doador que tinha uma mutação genética rara que lhe deu resistência natural ao HIV, na esperança de eliminar ambas as doenças.


Foram necessários dois procedimentos dolorosos e perigosos, mas o resultado foi um sucesso: em 2008, Brown foi declarado livre das duas doenças e foi inicialmente apelidado de "o paciente de Berlim" em uma conferência médica para preservar seu anonimato.


Dois anos depois, ele decidiu quebrar o silêncio e se tornar uma figura pública, dando palestras e entrevistas e começando sua própria fundação.


"Sou a prova viva de que pode haver cura para a Aids", disse à AFP em 2012. "É maravilhoso estar curado do HIV".


No ano passado, foi anunciada a segunda pessoa curada pelo mesmo método. Inicialmente chamado de "o paciente de Londres", ele mais tarde veio a público, identificando-se como Adam Castillejo.


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