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Estado de Minas

EUA registra 860.000 pedidos de seguro-desemprego em uma semana


17/09/2020 12:25

Os novos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos continuaram em queda na comparação com a semana passada - anunciou o Departamento do Trabalho americano, mas, ainda assim, os 860.000 pedidos ficaram acima do esperado pelos analistas.

A taxa de desemprego entre a população que pode optar pelo subsídio caiu, no entanto, 0,7 ponto percentual, a 8,6%, e o número de pessoas que solicitaram a ajuda por meio de um programa chamado PUA, destinado aos que normalmente não teriam direito ao seguro-desemprego, registrou queda de mais de 200.000 na semana encerrada em 12 de setembro.

Quase 29,8 milhões de pessoas continuaram recebendo algum tipo de ajuda do governo durante a semana encerrada em 29 de agosto, a última sobre a qual há dados, informou o Departamento do Trabalho.

Diante desse quadro, os analistas demonstram cada vez mais preocupação com a crise no mercado de trabalho.

"Embora seja bom que os números estejam caindo, a queda está desacelerando. Então, precisamos de mais de um ano para voltar ao normal", afirmou o economista-chefe da federação sindical AFL-CIO, William Spriggs, no Twitter.

Os dados foram divulgados em um momento de estagnação das negociações em Washington para aprovar um novo pacote de ajudas para aliviar a economia americana e a situação das pessoas que perderam seus empregos.

Os 2,2 trilhões de dólares de ajudas aprovados em março permitiram criar o PUA, por meio do qual milhões de cidadãos recebem benefícios por um período prolongado, mas os 600 dólares adicionais por semana aos desempregados, além de um programa de apoio às pequenas empresas, expiraram.

A presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, anunciou no início do mês contatos para alcançar um acordo com o presidente Donald Trump, que se negou a aceitar o aumento do auxílio econômico aos governos estaduais e locais.

"O fracasso por parte das autoridades em formular políticas e aprovar outro pacote de alívio fiscal apresenta riscos significativos para a economia e para o mercado de trabalho, já que a recuperação parece estar perdendo força", comentou Nancy Vanden Houten, da Oxford Economics.

Os Estados Unidos lideram a lista de países mais afetados pelo coronavírus, mas demonstraram alguns sinais de recuperação da crise econômica provocada pelo confinamento. A taxa de desemprego subiu a 14,7% em abril, mas desde então caiu a 8,4%.

Rubeela Farooqi, da High Frequency Economics, advertiu que a queda do ritmo da redução do desemprego pode refletir contratações, ou que os benefícios estão chegando ao fim.

"O risco daqui para frente continua vindo de surtos do vírus e de interrupções intermitentes das atividades", escreveu em sua análise.

"No geral, o mercado de trabalho está menos frágil na comparação com abril, mas continua sob risco de danos permanentes", alertou.


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