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Estado de Minas

OCDE prevê recessão mundial menos severa em 2020


16/09/2020 13:01

A recessão mundial será menos profunda que o previsto inicialmente em 2020, graças à reação rápida e consequente dos Estados - afirma a OCDE em suas perspectivas econômicas publicadas nesta quarta-feira (16), mas a recuperação em 2021 será menos intensa do que a estimativa apontava em junho.

"Menos consumo, menos investimento, menos produção, menos troca comercial, menos emprego": foi desta maneira que a economista-chefe da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Laurence Boone, resumiu a situação econômica mundial.

Os números são vertiginosos. Entre o final de 2019 e o final de 2021, a economia mundial poderá ter perdido 7 trilhões de dólares (ou 5,9 trilhões de euros), "ou o equivalente ao PIB combinado de Alemanha e França".

Um déficit que poderá recuar até os 4 trilhões de dólares no melhor cenário da evolução do vírus, mas que pode chegar a até 11 trilhões de dólares no pior.

Uma coisa é certa: "o nível de incerteza continua sendo extremamente elevado", e a covid-19, que já deixou pelo menos 930.000 mortos no mundo e continua paralisando a Europa, "vai-nos acompanhar nos próximos 12 a 18 meses".

A organização com sede em Paris aposta agora em um crescimento de 5% em 2021, após um retrocesso de 4,5% em 2020. Em junho, a OCDE projetava uma queda de 6% para este ano e uma recuperação de 5,2% para 2021.

- Perspectivas incertas

A OCDE destaca, no entanto, que "as perspectivas são muito incertas, porque dependem das hipóteses relativas à propagação do vírus e à evolução das políticas macroeconômicas".

Além disso, a cifra global oculta "diferenças consideráveis entre os países": da China (+1,8%), que seria a única economia do painel analisado pela OCDE a registrar crescimento em 2020, até a Índia, aonde a pandemia chegou alguns meses mais tarde e que deve registrar queda de 10,2% do PIB.

Em 2020, os Estados Unidos (-3,8%) teriam um desempenho melhor do que o previsto inicialmente, e a Alemanha (-5,4%) registraria um resultado melhor que o da Eurozona (-7,9%). França (-9,5%), Itália (-10,5%) e Reino Unido (-10,1%) sofreriam quedas consideráveis, e a recuperação em 2021 seria menos expressiva do que o esperado pela OCDE em junho.

Ao mesmo tempo, a análise da organização é clara: sem a reação rápida e em larga escala dos governos, e sem a intervenção consequente dos bancos centrais, "a contração da atividade teria sido muito mais importante".

Por este motivo, a OCDE faz um apelo para que os Estados continuem com o apoio às atividades em 2021, levando em consideração que a "incerteza continua elevada e a confiança frágil".

O mundo teme uma segunda onda da pandemia, que já provocou quase 930.000 mortes e contaminou 29,6 milhões de pessoas, e intensifica as medidas para tentar conter a propagação. Israel, por exemplo, decidiu retomar o confinamento geral da população. A Inglaterra aplica uma limitação rígida das reuniões.

A OCDE adverte que "um ressurgimento mais forte do vírus, ou medidas de confinamento mais estritas, poderia reduzir em dois ou três pontos percentuais o crescimento mundial em 2021".


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