Foram tantas as tempestades tropicais no Atlântico este ano que a ONU, responsável por nomeá-las, está ficando sem nomes pela segunda vez na história.
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EUA: Furacão Sally ganha força e avança em direção à costa do Golfo do MéxicoFuracão Nana deixa norte da América Central em alertaFuracão Laura deixa 14 mortos no sul dos EUA, mas menos danos que previstoInicialmente, as listas incluíam apenas os primeiros nomes de mulheres. Em 1979 foram introduzidos os nomes masculinos e agora se alternam com os femininos. Seis listas com 21 nomes são utilizadas, uma atrás da outra.
"Seria confuso ter mais de um ciclone tropical no mesmo ano com a letra T", explica uma porta-voz da OMM à AFP.
A temporada de tempestades tropicais no Atlântico deste ano, que termina em 30 de novembro, foi tão ativa que a ONU em breve ficará sem nomes e terá que recorrer às letras do alfabeto grego: Alfa, Beta, Gama, Delta e assim sucessivamente.
Como explica a OMM, o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos alertou, na segunda-feira, de ao menos outros cinco furacões previstos no Atlântico, um recorde desde 1971, chamados Paulette, René, Sally, Teddy e Vicky, o último da lista.
Segundo a OMM, há uma área de baixa pressão perto de Cabo Verde e 50% de probabilidade de um ciclone ser formado nas próximas 48 horas.
Os ciclones começaram a ser nomeados há anos para facilitar sua identificação nas mensagens de alerta.
Os especialistas pensaram que os nomes eram muito mais fáceis de lembrar do que os antigos e complicados métodos de identificação de latitudes e longitudes.
Inicialmente, as tempestades eram nomeadas arbitrariamente. Agora, seus nomes obedecem a toda uma série de regras: devem ser facilmente reconhecíveis e refletir um equilíbrio entre os nomes franceses, espanhóis, holandeses e ingleses devido à cobertura geográfica das tempestades em todo o Atlântico e Caribe.
Se um ciclone é particularmente mortal ou devastador, seu nome é eliminado da lista e substituído por outro.
Este foi o caso de tempestades infames como Mangkhut (Filipinas, 2018), Irma e Maria (Caribe, 2017), Katrina (Estados Unidos, 2005) e Mitch (Honduras, 1998).