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Estado de Minas

Irã e EUA elevam tensão com troca de ameaças


15/09/2020 09:55

Irã e Estados Unidos trocaram ameaças após a divulgação de informações sobre um plano de Teerã para vingar o general Qassem Soleimani, morto pelas forças americanas em janeiro.

"Esperamos que eles não cometam um novo erro estratégico. Se fizerem isso, certamente enfrentarão uma resposta decisiva do Irã", alertou o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabiei, em uma entrevista coletiva.

Após a revelação dos supostos planos iranianos para vingar Soleimani, o presidente Donald Trump prometeu na segunda-feira que qualquer ataque da República Islâmica receberá uma resposta "1.000 vezes maior".

De acordo com o site Politico, que cita fontes do governo americano sob a condição de anonimato, os serviços de inteligência suspeitam de um complô iraniano para matar a a embaixadora americana na África do Sul antes das eleições presidenciais de novembro nos Estados Unidos.

"De acordo com informações da imprensa, o Irã poderia estar planejando um assassinato, ou outro ataque, contra os Estados Unidos em vingança pela morte do líder terrorista Soleimani", tuitou Trump.

"Qualquer ataque do Irã, de qualquer forma, contra os Estados Unidos será respondido com um ataque ao Irã que será 1.000 vezes maior em magnitude", completou.

Rabiei lamentou que o presidente de um país que alega controlar a ordem global "faça comentários apressados, estimulados por sua agenda e duvidosos, com uma base tão frágil".

O porta-voz iraniano advertiu que reagir a tais informações "não faria mais que perturbar a região e a calma mundial", ao mesmo tempo que aconselhou Trump que "se abstenha de uma nova aventura... para ganhar um novo mandato como presidente".

As relações entre Washington e Teerã são tensas há muitos anos e ficaram ainda piores desde que Trump anunciou a saída unilateral, em maio de 2018, dos Estados Unidos do acordo nuclear internacional com o Irã.

Em janeiro, um ataque com um drone americano matou Soleimani em Bagdá e agora Washington pressiona para prorrogar um embargo de armas a Teerã que começa a expirar de forma progressiva em outubro, ao mesmo tempo que defende a retomada das sanções da ONU contra a República Islâmica.

- Irã nega complô -

A ameaça contra a embaixadora Lana Marks, uma pessoa próxima a Trump, se tornou mais precisa nas últimas semanas, segundo as fontes do Politico.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, se negou a comentar diretamente a questão, mas afirmou que leva a sério as informações.

"A República Islâmica do Irã está envolvida em esforços de assassinato ao redor do mundo. Assassinaram pessoas na Europa e em outras partes do mundo. Levamos as observações a sério", disse Pompeo ao canal Fox News.

"Deixamos muito claro à República Islâmica do Irã que este tipo de atividade - atacar qualquer americano a qualquer momento e em qualquer lugar, seja um diplomata, um embaixador ou um dos membros do nosso serviço - é completamente inaceitável", acrescentou.

Um porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores afirmou que as informações são "falsas e sem fundamentos".

"São parte de métodos reiterados e podres para criar uma atmosfera anti-Irã no cenário internacional", disse.

A Marinha iraniana afirmou na semana passada que um avião de patrulha e dois drones americanos se aproximaram de uma zona onde aconteciam exercícios militares perto do Estreito de Ormuz, uma área estratégica para o comércio mundial de petróleo e centro de tensões entre os dois inimigos. As aeronaves abandonaram a região pouco depois.

Em junho do ano passado, um drone americano RQ-4 foi derrubado pelo Irã depois que supostamente violou o espaço aéreo iraniano, o que foi negado por Washington.


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