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Estado de Minas

Alemanha pretende receber 1.500 migrantes das ilhas gregas


15/09/2020 09:49

A Alemanha pretende receber 1.500 migrantes que estão desabrigados nas ilhas da Grécia desde os incêndios que destruíram o campo de Moria em Lesbos, onde estão previstas manifestações para exigir a saída das 12.000 pessoas que ficaram sem refúgio.

A medida deve beneficiar famílias com crianças que foram reconhecidos como refugiados pelas autoridades gregas, informaram fontes do governo da chanceler Angela Merkel.

A Alemanha já havia anunciado que pretendia receber entre 100 e 150 menores isolados do campo de Moria, em uma iniciativa conjunta com a França.

Após o incêndio do maior campo de migrantes da Europa, na madrugada de 8 para 9 setembro, a pressão aumentou sobre o governo de Merkel para receber algumas das mais de 12.000 pessoas que ficaram sem refúgio na ilha do Mar Egeu.

Ao mesmo tempo, as autoridades alemãs insistem na necessidade de uma solução europeia para a questão, que divide os 27 membros da UE desde 2015.

A polícia de Lesbos anunciou a detenção de cinco migrantes suspeitos pelo incêndio de Moria.

"Cinco jovens estrangeiros foram detidos e um sexto foi identificado e é procurado", afirmou o ministro greto das Proteção Civil, Michalis Chrysohoidis.

Os habitantes de Lesbos convocaram manifestações para para exigir a "saída dos migrantes".

A poucos metros das ruínas de Moria, campo destruído pelas chamas, algumas famílias de demandantes de asilo formam filas para entrar em um novo campo, instalado em caráter de urgência após o incêndio da semana passada.

"A entrada dos solicitantes de asilo no novo campo não é negociável", afirmou o ministro grego da Proteção Cidadã, Michalis Chryssohoidis.

As autoridades gregas estão distribuindo um documento em inglês, francês, farsi, urdu e árabe aos milhares de migrantes para convencê-los a entrar no acampamento temporário.

O documento afirma que a "estadia no campo é obrigatória para garantir condições de vida decentes, por razões de saúde pública e pessoal, e para reiniciar o procedimento de asilo".

Os incidentes entre solicitantes de asilo e residentes, incluindo partidários da extrema direita, são frequentes desde o ano passado. Muitos moradores não aceitam a permanência dos migrantes na ilha.

O prefeito de Egeu do Norte, Kostas Mountzouris, um dos maiores opositores ao plano do governo de estabelecer um campo fechado na ilha para substituir Moria, pediu a empresários e trabalhadores que protestem nesta terça-feira para pedir "a retirada dos migrantes da ilha a bordo de barcos".

Há vários meses, o governo do primeiro-ministro conservador Kyriakos Mitsotakis planejava construir um campo fechado em Lesbos para aliviar a superlotação de Moria.

E agora que o campo foi destruído, o chefe de Governo confirmou que em breve um acampamento será construído. Também pediu uma participação mais ativa da UE.

Na estrada próxima ao mar em Mitilene, a capital da ilha, postos de gasolina, supermercados e outras lojas permanecem fechados.

Vany Bikembo, um mecânico de 25 anos da República Democrática do Congo, afirma que o novo campo temporário "é um segundo inferno".

Apenas 800 migrantes, em sua maioria famílias, entraram até o momento nas barracas brancas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), segundo o ministério da Migração.


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