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Estado de Minas

EUA sanciona 'agente russo' ucraniano por interferir nas eleições


10/09/2020 19:42

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou sanções ao político ucraniano Andrii Derkach por sua interferência eleitoral nesta quinta-feira, depois que ele divulgou gravações editadas em maio, alegando implicar o democrata Joe Biden em atos de corrupção.

Derkach, que se encontrou com Rudy Giuliani, advogado do presidente Donald Trump em 2019, "tem sido um agente russo ativo por mais de uma década" e é cúmplice em tentar influenciar a próxima eleição presidencial", disse o Departamento do Tesouro em um comunicado.

O governo americano o acusa de estar envolvido "em uma interferência estrangeira para tentar prejudicar as eleições presidenciais de 2020 nos Estados Unidos".

Esta operação "clandestina, liderada pela Rússia para influenciar a opinião dos eleitores americanos vai terminar no dia da votação", estimou o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, em outro comunicado.

Derckach, um membro do Parlamento ucraniano, sempre manteve "contato próximo com os serviços de inteligência russos", acrescentou o Departamento do Tesouro.

"Queremos enviar um aviso claro a Moscou e seus agentes de que essas atividades não serão toleradas", disse o Tesouro.

Andrei Derkach se reuniu no final de 2019 com Giuliani na linha de frente de um esforço para provar supostos atos de corrupção realizados por Joe Biden e seu filho Hunter em relação à Ucrânia.

O parlamentar ucraniano publicou, em maio, gravações editadas de conversas telefônicas em 2016 entre o então vice-presidente dos EUA, Joe Biden, e o então presidente ucraniano, Petro Poroshenko. O objeto dessas gravações era supostamente demonstrar atos de corrupção por parte do democrata.

O Departamento do Tesouro destaca, no entanto, que na verdade tinham a intenção de "desacreditar" autoridades americanas.

Em sua conta no Facebook, Derkach denunciou uma "vingança" por parte "dos representantes da corrupção democrática", embora as sanções venham da administração republicana.

O político ucraniano prometeu revelar "fatos novos e escandalosos" na próxima semana.

Três outros russos também foram punidos por serem funcionários da Internet Research Agency (IRA), uma organização russa próxima ao Kremlin e considerada uma das principais agências que ajudaram a manipular redes sociais nos Estados Unidos.

A IRA já havia sido incluída na lista negativa dos Estados Unidos por tentar interferir nas eleições na metade do mandato em 2018.

Essas sanções chegam um dia após a Casa Branca ser acusada de querer minimizar a interferência russa na próxima eleição presidencial.

Brian Murphy, um funcionário de alto cargo do escritório de Inteligência e Análise do Departamento de Segurança Interna (DHS), destacou que em maio o chefe interino do departamento, Chad Wolf, lhe ordenou "deixar de fornecer análises de inteligência sobre a ameaça de interferência russa nos Estados Unidos" e, em vez disso, ressaltar os esforços de intromissão da China e do Irã.


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