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Estado de Minas

Trump se diz disposto a financiar com o próprio bolso campanha pela reeleição


08/09/2020 20:25

O presidente americano, Donald Trump, disse nesta terça-feira que, se for necessário, usará o patrimônio pessoal em sua campanha pela reeleição, a oito semanas da data do voto.

A declaração, incomum, feita no início de um giro por cinco estados-chave, mostra a dificuldade do presidente em atrair eleitores e os recursos necessários para vencer o rival, o democrata Joe Biden, que lidera as pesquisas de opinião.

"Se for necessário, eu o farei", respondeu Trump a jornalistas, ao ser perguntado sobre gastar o próprio dinheiro. "Custe o que custar. Temos que vencer."

Há quatro anos, quando derrotou Hillary Clinton, Trump usou 60 milhões de dólares de seus ativos, mas o patrimônio atual do presidente é cercado de sigilo. "Minha campanha gastou muito no começo para rebater as histórias e notícias falsas envolvendo a nossa versão do vírus chinês", defendeu-se no Twitter.

Nesta terça-feira, o presidente visitou Jupiter, na Flórida, estado que precisa somar se deseja permanecer na Casa Branca. Ele seguirá para a Carolina do Norte, outro estado-pêndulo, que o apoiou em 2016, mas se inclina agora para Biden.

Diante da pandemia de Covid-19, que deixou mais de 189.000 mortos na maior economia do mundo, com níveis históricos de desemprego, o milionário republicano carrega uma dupla promessa: a chegada iminente de uma vacina e uma recuperação exponencial da economia.

Trump culpa os democratas por obscurecer a crise sanitária e impor restrições excessivas às cidades e estados motivados por um cálculo eleitoral e não pela saúde pública.

"Os democratas vão abrir seus estados em 4 de novembro, um dia após a eleição. Esses fechamentos são ridículos e só servem para prejudicar a economia antes da eleição que é talvez a mais importante de nossa história", disse ele no Twitter antes de começar sua turnê.

Os republicanos acusam Joe Biden e sua companheira de chapa, Kamala Harris, de politizarem a busca por uma vacina contra a covid-19, depois que a senadora afirmou não acreditar em "uma palavra" do presidente republicano a respeito.

Para Kayleigh McEnany, porta-voz da Casa Branca, os democratas disputam um jogo perigoso ao lançar dúvidas sobre uma questão tão delicada.

- Obama presente -

Em entrevista à Fox Business, Mark Meadows, chefe de gabinete da Casa Branca, expressou otimismo quanto à adoção, antes das eleições, de um novo plano de ajuda, afirmando que apesar das profundas diferenças os dois partidos podem alcançar um acordo.

Em março, o Congresso aprovou um projeto de lei de emergência para desbloquear 2,2 trilhões de dólares, com 500.000 adicionais até o final de abril, para lidar com uma crise sem precedentes.

Em contraste com a atividade frenética do milionário republicano, Joe Biden, 77, tem apenas uma viagem agendada, para o Michigan, nesta quarta-feira. Mas neste cenário midiático, há outro democrata muito presente: o ex-presidente Barack Obama.

Nesta terça-feira, o ex-presidente apoiou Kamala Harris em um vídeo no qual oferece dicas de campanha e de como se conectar com as pessoas.

"Vou fazer tudo o que puder e Michelle também para garantir que tudo flua nas eleições", prometeu.


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