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Estado de Minas

Reino Unido não será um 'Estado vassalo' da UE, diz negociador britânico


05/09/2020 21:19

O Reino Unido não se tornará um "Estado vassalo", independentemente do acordo comercial pós-Brexit com a União Europeia (UE), insistiu o negociador britânico David Frost neste sábado (5).

"Não seremos um Estado vassalo", declarou Frost ao Daily Mail on Sunday em uma de suas entrevistas incomuns, em um momento em que as negociações com a UE se aproximam de um desfecho.

Na semana que vem acontecerá a oitava e última sessão de negociações com a União Europeia, e David Frost afirmou que o Reino Unido não aceita "fazer concessões sobre o princípio fundamental de ter o controle de suas próprias leis".

"Não aceitaremos cláusulas que lhes deem controle sobre nossa moeda ou sobre nossa forma de organizar as coisas aqui, no Reino Unido, e isso não deveria gerar nenhuma polêmica", completou Frost.

"É isso que significa ser um país independente, é por isso que o povo britânico votou e é isso que acontecerá quando acabar o ano, aconteça o que acontecer", continuou.

O Reino Unido abandonou formalmente a UE em janeiro, quase quatro anos após o histórico referendo que marcou o fim de quase 50 anos de integração continental.

O país, porém, segue regido pelas normas europeias até o fim do ano, enquanto ambos os lados tentam definir as condições para uma relação futura.

A negociação tropeçou em vários obstáculos, mas o tempo é curto, uma vez que os textos legais terão de ser validados pelos países-membros da UE e ratificado pelo Parlamento Europeu.

O bloqueio reascendeu o medo de que o Brexit aconteça sem acordo. Contudo, Frost garantiu que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e seu gabinete "não temem" este cenário.

"Se chegarmos a um acordo que regule o comércio, como que temos com o Canadá, perfeito. Se não conseguirmos, será como com a Austrália, e estamos totalmente preparados para isso", concluiu.

Se em 31 de dezembro um acordo não for alcançado, serão aplicadas as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), com suas altas tarifas e controles aduaneiros rigorosos, nas relações comerciais bilaterais.

Isso enfraqueceria economias já muito afetadas pela pandemia da covid-19.


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