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Estado de Minas

Otan faz apelo para Rússia revelar seu programa Novichok


04/09/2020 09:43

A Otan pediu nesta sexta-feira à Rússia que revele a totalidade de seu programa Novichok à Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), depois do envenenamento do opositor Alexei Navalny.

"Pedimos à Rússia que apresente informações completas sobre o programa Novichok à OPAQ. Mais de uma vez observamos líderes e críticos do regime russo atacados", afirmou o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, Jens Stoltenberg, em uma entrevista coletiva.

Após uma reunião de emergência do conselho da Otan, Stoltenberg disse que todos os países estavam unidos para condenar o "horrível" ataque contra Navalny.

A Alemanha, onde o opositor russo está hospitalizado, apresentou detalhes às outra 29 nações da Otan sobre o caso. Stoltenberg disse que há "prova além de qualquer dúvida" do uso Novichok.

"O governo russo deve cooperar plenamente com a OPAQ em uma investigação internacional imparcial", disse Stoltenberg.

O agente nervoso da era soviética também foi utilizado contra o ex-agente duplo russo Serguei Skripal e sua filha na Inglaterra há dois anos, um ataque que levou à expulsão de sete diplomatas russos de sua missão na Otan.

Stoltenberg não descartou uma represália similar, mas enfatizou que o envenenamento de Navalny, que aconteceu na Rússia, foi muito diferente do ataque a Skripal, que aconteceu no território de um país membro da Otan.

"Acreditamos firmemente que se trata de uma violação flagrante do direito internacional, o que exige uma resposta internacional, mas agora não vou especular sobre o tipo de resposta internacional", disse.

A UE e outras potências internacionais também pediram uma investigação da OPAQ, expressando ceticismo a respeito de um inquérito adequado na Rússia sobre o envenenamento de Navalny.

De fato, o Kremlin insiste que o Estado russo não pode ser culpado.

Nesta sexta-feira, o toxicólogo russo Alexander Sabayev, que analisou o prontuário médico de Navalny, afirmou que o opositor pode ter sido vítima de um problema de digestão, abuso de álcool ou de fadiga, mas não de envenenamento, como afirma a Alemanha.

"Seu organismo não reagiu ao veneno, porque não havia. É evidente", disse Alexander Sabayev, toxicologista-chefe da região de Omsk, onde o líder da oposição foi inicialmente internado no final de agosto antes de ser transferido para a Alemanha.

Os médicos russos não localizaram a presença de uma substância neurotóxica da família do Novichok, como fizeram especialistas na Alemanha.

O especialista russo considera que a súbita deterioração da saúde de Navalny pode ter sido provocada por "qualquer fator externo, incluindo o simples fato de não ter tomado café da manhã" ou problemas de digestão.

"A situação pode ser causada não apenas por uma dieta alimentar, mas talvez também pelo consumo excessivo de álcool, do qual não temos conhecimento. Também pode ter sido provocado por estresse ou fadiga", acrescentou.

O líder da oposição russa, de 44 anos, passou mal a bordo de um avião na Sibéria. Ele foi inicialmente tratado em um hospital local, antes de ser transferido em 22 de agosto para a capital alemã, onde permanece internado em estado grave.


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