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Estado de Minas

Migrantes iraquianos são reenviados para Erbil em inédita operação franco-alemã


03/09/2020 09:19

Pelo menos 51 imigrantes iraquianos que vivem na França e na Alemanha foram reenviados nesta quinta-feira (3), a seu pedido, para Erbil, capital do Curdistão iraquiano, em uma "primeira" operação conjunta europeia dessa natureza - disseram autoridades francesas à AFP.

Esses cidadãos iraquianos, curdos em sua maioria, obtiveram na França e na Alemanha um programa de ajuda de retorno voluntário, que consiste em voltar para seu país com uma quantia em dinheiro.

"Esta operação franco-alemã é a primeira (a ser realizada) e é um exemplo de boa cooperação entre países europeus" em matéria de migração, disse o chefe do Gabinete Francês para Imigração e Integração, Didier Leschi.

Segundo ele, o voo Paris-Munique-Erbil foi financiado pela Frontex, a agência de vigilância das fronteiras externas da União Europeia.

Desse contingente, 15 iraquianos que viviam no norte da França e que tiveram seu pedido de asilo rejeitado embarcaram neste voo na quarta-feira, após terem testado negativo para covid-19.

Eles receberam 1.800 euros (US$ 2.135) cada, aos quais serão acrescentados 3.000 euros (US$ 3.560) na chegada, como uma "ajuda de inserção", disse Leschi.

Em Munique, 36 compatriotas embarcaram neste avião. Seriam 75, totalizando 90, com os residentes na França, mas várias pessoas com coronavírus não puderam embarcar.

O grupo chegou a Bagdá nesta quinta-feira e, depois, o voo seguiu para Erbil, no norte do país.

Berlim teve a iniciativa desta operação conjunta, disse o diretor do OFII, acrescentou que outros voos virão.

Na França, "há uma demanda" por retornos voluntários, "acelerada pela crise da covid-19", afirmou Leschi.

A paralisação do setor aéreo, devido à crise de saúde, retardou a possibilidade desses retornos.

"Há pedidos de devolução que não posso cumprir, principalmente de cidadãos argelinos e marroquinos, já que seus países não querem aceitá-los, justamente por causa da covid-19", acrescentou.

Em 2019, a França realizou cerca de 8.500 "devoluções voluntárias", contra 2.300 desde o início de 2020, com esse dispositivo apoiado pelo governo, muito menos oneroso do que o reenvio forçado.

De acordo com um relatório parlamentar de 2018, a devolução "forçada" custa cerca de 14.000 euros (US$ 16.600), contra a faixa de 2.500 a 4.000 euros (entre US$ 3.000 e US$ 4.700) para "devoluções assistidas".


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